Por Thiago Pássaro
Os 26 serviços municipais especializados em infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)/Aids de São Paulo atingiram a marca de 48.217 testes de hepatites B e C realizados entre janeiro e junho deste ano. O número representa quase 10% de todos os exames feitos na cidade.
“A testagem para detecção das hepatites virais é fundamental, pois normalmente essas infecções que causam inflamação no fígado são silenciosas, ao não apresentarem sintomas na fase inicial”, diz Robinson Fernandes de Camargo, coordenador em exercício do Programa Municipal de DST/Aids (PM DST/Aids), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo. O doutor complementa que “o diagnóstico precoce permite o início imediato do tratamento, que é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”.
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Há dois tipos de exames disponíveis para os principais tipos de hepatites (A, B e C). O primeiro deles é o teste convencional, em que é coletada uma amostra de sangue num tubo, que segue para análise em laboratório, e o resultado demora entre 5 e 15 dias para chegar impresso à unidade de saúde. O outro é o rápido, em que basta uma bota de sangue para que a resposta saia em cerca de 30 minutos. Vale ressaltar que para as hepatites, os testes rápidos só existem para os tipos B e C e que são apenas de triagem.
Ambos os testes estão disponíveis gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade de São Paulo, bem como nos 26 serviços da Rede Municipal Especializada (RME) em ISTs/Aids. Os endereços podem ser conferidos no site da RME.
Para fazer os exames, não é preciso de pedido médico; basta levar um documento com foto e o cartão SUS. Dependendo da demanda do serviço, os testes podem ser feitos na mesma hora.