Capital amplia rede de Saúde Mental com mais de 3.500 vagas em 10 novos CAPS

Os Centros de Atenção Psicossocial funcionam como porta de entrada para rede pública de atendimento na área de Saúde Mental

Tratando a Saúde como prioridade, a Prefeitura de São Paulo segue trabalhando para ampliar a rede pública de atendimento e, nos dois últimos anos, implementou 10 Centros de Atenção Psicossocial, que resultaram em cerca de 3.500 novas vagas na rede de Saúde Mental da capital paulista.

Os serviços prestam atendimento a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, e pessoas com quadro de uso e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, crack e outras drogas.

+ Relação dos endereços dos CAPS

As novas unidades foram inauguradas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no Heliópolis (infantojuvenil), Cidade Dutra (infantojuvenil), Grajaú (duas unidades para adultos), Cangaíba (adultos), São Luiz (adultos), Ermelino Matarazzo (infantojuvenil), Butantã (adultos), Leopoldina (adultos) e no Aricanduva (infantojuvenil).,

Segundo a psicóloga da área técnica de Saúde Mental da SMS, Janaina Lopes Diogo, os serviços estão à disposição de todos aqueles que necessitam do Sistema Único de Saúde (SUS). “O CAPS é um serviço de porta aberta, que não necessita de agendamento para atendimento, em casos de crise e gravidade em saúde mental. Os serviços ofertam atendimento para crianças, adolescentes e adultos”, destaca.

Atualmente, a rede de saúde mental do município conta com 92 CAPS, sendo 30 deles Álcool e Drogas para adultos, 30 Infantojuvenis e outros 32 serviços para adultos. Destes, 31 funcionam como CAPS III (com acolhimento integral – funcionamento 24 horas).

“Os CAPS II são serviços que funcionam das 7h às 19h. Já a modalidade III funciona 24h já que esse serviço dispõe de camas para acolhimento noturno para situações de crise e maior gravidade, onde não pode acontecer descontinuidade no cuidado”, afirma a psicóloga.

Nos serviços, os munícipes são atendidos por uma equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, assistente social, enfermeiro, e terapeuta ocupacional que avaliam o quadro do usuário e indicam o tratamento adequado para cada caso.

A partir do primeiro atendimento será feito um projeto terapêutico com cada usuário. “Tudo é trabalhado em conjunto. Quantas vezes por semana ele será atendido, quantas oficinas ele irá participar, quais atendimentos e por quais profissionais. O CAPS também se encarrega de fazer a articulação com outras políticas públicas no território como educação, saúde, defensoria pública, entre outras”, diz

Cada serviço pode diversificar o atendimento prestado elaborando estratégias de acordo com as especificidades dos munícipes da região. “Existem os atendimentos mais clássicos ambulatoriais com os médicos mas, além disso, também podem ser realizadas atividades em grupo como oficinas de culinária, arte e música” , disse a profissional da área técnica de Saúde Mental da SMS, Janaina Lopes Diogo.

Residências Terapêuticas

Atualmente, a capital conta com 62 Serviços de Residência Terapêutica com 10 vagas em cada uma. Nove desses serviços foram implementados nos dois últimos anos e outros 11 foram ampliadas pela SMS.

As casas terapêuticas acolhem pessoas que ficaram reclusas por muito internados em manicômios. O principal objetivo do projeto é dar a esses indivíduos uma nova oportunidade de reinserção na sociedade.

“O funcionamento é exatamente como o de uma casa. Não tem nada parecido com um hospital, ou um lugar para tratamento. É um lugar de moradia assistida”, finaliza a psicóloga da área técnica de Saúde Mental da SMS, Janaina Lopes Diogo.