Saúde capacita enfermeiros para procedimentos em pacientes com doenças renais

Profissionais da região Sudeste poderão participar dos cursos e atuar com equipes médicas, sobretudo na recuperação de quem passa pela cirurgia

#PraCegoVer: a imagem mostra uma selfie tirada pela orientadora Lourdes Silva, que aparece em primeiro plano e, ao fundo, é possível observar cerca de 19 alunos sentados às carteiras escolares e uma aluna em pé.
Curso de cistostomia deve capacitar 50 enfermeiros da rede de saúde da região da CRS Sudeste

 

Por Natalia Macedo

A Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sudeste, em parceria com o Hospital Ipiranga, promove o curso de capacitação em cistostomia para enfermeiros da rede de saúde da região. O curso é ministrado pela estomaterapeuta Lourdes Silva, do Ambulatório de Urologia do Hospital Ipiranga, e deve capacitar 50 enfermeiros da rede de saúde da região Sudeste no primeiro semestre.

A cistostomia é uma cirurgia indicada para pessoas acometidas pela retenção urinária ou cálculo renal. Apesar do procedimento ser considerado simples exige muito cuidado no período pós-operatório. Neste caso, o curso tem a missão de manter os alunos atualizados sobre as normas de segurança, o emprego da técnica adequada e a atuação como agente multiplicador.

Além disso, a capacitação pretende habilitar mais enfermeiros para a realização do procedimento de cateterização por cistostomia na rede de saúde, a fim de possibilitar a ampliação e o acesso do atendimento aos pacientes.

Metodologia une teoria e treinamento

O curso de capacitação em cistostomia foi dividido em duas etapas – parte Teórica, que foi realizada em março; e Prática, que está sendo realizada desde abril. Os 50 enfermeiros em processo de capacitação foram divididos em duas turmas de 25 pessoas, com carga horária de sete horas.

Segundo a interlocutora de Enfermagem da CRS Sudeste, Patrícia Luna, muitos profissionais não se consideram preparados para realizar o procedimento da cistostomia. “A falta de experiência na aplicação da técnica no período de formação e durante a vida profissional leva alguns enfermeiros a se recusarem a realizar o procedimento na unidade básica de saúde, o que acaba dificultando o atendimento dos usuários”, explica Luna.

A enfermeira e aluna do curso, Neila Maria Ferreira, avalia que ter mais enfermeiros habilitados deve trazer grande benefício à população. “Hoje, alguns usuários gastam horas para chegar até o Hospital Ipiranga para realizar o procedimento, que é feito em minutos. Portanto, a partir da capacitação e com mais profissionais habilitados, é possível proporcionar mais conforto, facilidade de acesso e menos tempo de deslocamento para os usuários”, diz Neila.

A orientadora Lourdes Silva comenta que uma das características marcantes do curso é a integração entre os participantes, que tem promovido muito diálogo e reciprocidade. “Tem sido gratificante para todos. Estou otimista em relação à mudança comportamental dos profissionais, pois a aquisição de novos conhecimentos, bem como as atualizações devem melhorar o desempenho dos enfermeiros no seu dia a dia, seja no trabalho individual ou em equipe”, avalia.