Secretaria Municipal da Saúde

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Segunda-feira, 29 de Outubro de 2018 | Horário: 15:00

Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra reforça a necessidade de cuidados com a saúde

Secretaria faz alerta sobre as doenças que mais acometem esse público

Por Laura Yoko

O Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra é comemorado em 27 de outubro. Para lembrar a importância desta data e enfatizar a necessidade de conscientização em relação à saúde, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo alerta sobre as doenças que mais acometem esse público.

A redução da desigualdade é um dos objetivos do Pacto pela Saúde, que considera como causas determinantes para a saúde o modo de vida, trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais, entre outros. O enfrentamento dessa desigualdade presente na vida pública é um dos principais compromissos do Sistema Único de Saúde (SUS) com a população.

De acordo com a coordenadora de Atenção Primária à Saúde e Saúde da População Negra, Valdete Ferreira dos Santos, em virtude do condicionamento de fatores genéticos e hereditários que atuam com fatores sociais e ambientais, algumas doenças são mais comuns na população negra. Entre elas estão:

Doença Falciforme

O Traço Falciforme é uma enfermidade genética causada por uma mutação na qual o recém-nascido recebe a herança genética de apenas um gene alterado (HbAS). Vale lembrar que as pessoas com traço falciforme necessitam apenas de orientação e de informações genéticas, uma vez que não produz manifestações da doença. O diagnóstico é realizado na triagem neonatal (Teste do Pezinho) e nos adultos, por meio do exame de sangue disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Segundo a coordenadora, quando a doença falciforme é diagnosticada, essa pessoa deverá ter acompanhamento médico regular e adequado de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde (MS). Deve ser informada sobre os cuidados do dia a dia e das medidas de prevenção, ou seja, o autocuidado.
No município de São Paulo, o tratamento e acompanhamento são realizados nos Centros de Referência para o Acompanhamento aos Portadores de Hemoglobinopatias (CRAPH). Há também a perspectiva de cura por meio de transplante de células tronco e terapia gênica.

Diabetes mellitus

Diabetes mellitus é caracterizado por uma hiperglicemia crônica, decorrente de uma deficiência de insulina, da incapacidade da insulina ou de uma combinação em graus variáveis dessas condições.
A doença pode estar relacionada à obesidade, aumento da circunferência abdominal, colesterol e sedentarismo.
Tipos de diabetes:
Diabetes (tipo I) - Esse tipo de diabetes aparece, normalmente, na infância e adolescência.
É tratada com insulina e medicamentos, além de atividades físicas para ajudar a controlar a glicose no sangue.
Diabetes mellitus (tipo II) - Aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. A população negra é mais afetada por esse tipo de diabetes. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e dieta alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial (pressão alta) é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para que o sangue seja distribuído corretamente, além de ser um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC), enfarte, aneurisma arterial, e insuficiência renal e cardíaca.
De acordo com a coordenadora, o problema é herdado dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como os hábitos de vida do indivíduo. Entre eles:
- Fumo;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Obesidade;
- Estresse;
- Elevado consumo de sal;
- Níveis altos de colesterol;
- Falta de atividade física.

Aferir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima de 20 anos devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver casos de pessoas com pressão alta na família, devem-se medir, no mínimo, duas vezes por ano.
A hipertensão não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente.

Hipertensão gestacional

Hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia (PE) é uma doença grave relacionada ao aumento da pressão arterial que pode se instalar de forma rápida na gestação. Uma das complicações da pré-eclâmpsia é a eclampsia (E), ou seja, convulsão em decorrência de níveis muito elevados de pressão arterial. Ela pode ocorrer em qualquer gestante durante a segunda metade da gravidez. Identificar a pré-eclâmpsia o mais cedo possível é muito importante para evitar complicações graves para as mães e seus bebês.
A pré-eclâmpsia e eclampsia são as principais causas específicas de morte materna no Brasil. O tratamento da pressão alta leve na gravidez deve ser focado em medidas não farmacológicas. Já nas formas moderadas e graves, pode-se optar pelo tratamento usual recomendado para cada condição específica. Vale ressaltar a importância da Equipe de Saúde no controle da pressão, que avaliará a possibilidade de encaminhamento ao serviço de pré-natal de alto risco.
Para mais informações sobre a saúde da população negra, clique aqui.

 

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