São Paulo amplia número de unidades municipais de saúde que oferecem a PrEP ao HIV

Profilaxia Pré-Exposição passa a estar disponível em 11 serviços da cidade

Banner ilustrativo da PrEP. Ao fundo, faixas a horizontal em vermelho e vinho. Cápsulas de remédios representando a PrEP preenchem o espaço. Ao centro, está escrito: Expansão da PrEP na cidade de São Paulo.

O Programa Municipal de DST/AIDS (PM DST/AIDS), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, ampliou o número de unidades de saúde da capital paulista que oferecem a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV. A moderna tecnologia de prevenção ao vírus da AIDS já está disponível em 11 serviços municipais, um aumento de seis novos locais de dispensação.

Até então, a PrEP podia ser encontrada nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) de Santo Amaro (zona Sul) e de Pirituba (zona Norte) e nos Serviços de Assistência Especializada (SAEs) Ceci (zona Sudeste), Butantã (zona Oeste) e Fidélis Ribeiro (zona Leste). Agora, a expansão vai para os CTAs de São Miguel, Sérgio Arouca e São Mateus (zona leste) e os SAEs Herbert de Souza - Betinho, e Penha (ambos na zona Sudeste), além do SAE Dutra (zona Sul).

"A expansão da PrEP na cidade de São Paulo significa ampliar a capilaridade da prevenção ao HIV no munícipio, tornando a profilaxia mais acessível à população", diz Cristina Abbate, coordenadora do PM DST/AIDS. "O foco é estar cada vez mais em diversas regiões de São Paulo, principalmente nas áreas mais distantes do centro, onde vivem as pessoas mais vulneráveis à epidemia de HIV, de acordo com os dados epidemiológicos da cidade", conclui.

Nova tecnologia de prevenção

A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV foi lançada na cidade de São Paulo como um serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) aos cidadãos paulistanos no dia 18 de janeiro deste ano. Foi nesta data que as cinco primeiras unidades de saúde começaram a dispensação da PrEP.

Deste então, até 2 de outubro de 2018, mais de 940 pessoas já tinham iniciado a profilaxia na capital paulista.

A PrEP é uma recente tecnologia que previne a infecção ao HIV antes do sexo, uma vez que o vírus é transmitido, na grande maioria dos casos, durante relações sexuais sem uso da camisinha.

Para isso, a pessoa deve tomar todos os dias um medicamento antirretroviral (parecido com o que uma pessoa que vive com HIV faz uso para tratamento). A proteção para o sexo anal inicia após sete dias de uso contínuo da PrEP e a vaginal 20 dias.

O Ministério da Saúde preconiza a Profilaxia Pré-Exposição no SUS para pessoas em situação de maior vulnerabilidade de infecção, como gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSHs), profissionais do sexo, pessoas trans e travestis, além de casais sorodiferentes, quando um vive com HIV e o outro não.

Prevenção Combinada

Apesar da eficiência da PrEP, a camisinha não deve deixar de ser usada, pois a profilaxia previne o HIV e não as demais infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

A PrEP é uma das tecnologias da chamada Prevenção Combinada, que conta com diversas formas de prevenção às ISTs e ao vírus causador da AIDS, como a tradicional camisinha, vacinas, testagem e tratamento. Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é utilizada em até 72h após uma situação de risco - preservativo sair, romper ou não for usado.

A ideia é ampliar as possibilidades de prevenção para além da camisinha, de acordo com o contexto de vida e os desejos do usuário.