Secretaria Municipal da Saúde

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Quarta-feira, 3 de Outubro de 2018 | Horário: 12:43

Agentes Comunitários de Saúde representam elo entre comunidade e UBS

Município conta com 8.444 agentes que atuam na prevenção, promoção e cuidado da saúde

Por Keyla Santos

Em 4 de outubro, comemora-se o Dia Nacional do Agente Comunitário de Saúde (ACS), profissional que, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), tem papel estratégico na Atenção Básica, pois transita entre governo e a comunidade, promove o acolhimento e facilita o contato com a equipe de saúde. Esses profissionais atuam nas Equipes de Saúde da Família (ESF) e nas equipes do Consultório na Rua (CnaR).

Atualmente, há no município 8.444 agentes, que atuam nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS). As contratações desses profissionais são responsabilidade das Organizações Sociais de Saúde (OSS) e ocorrem por meio de processos seletivos regionais.

A presença do ACS no território permite a identificação com a comunidade e a construção de uma relação próxima, muitas vezes caracterizada por uma propensão à solidariedade, ajuda mútua e liderança comunitária. O trabalho desse profissional democratiza as informações e estimula a participação da população na saúde, tanto no cuidado quanto nas políticas públicas.

Entre as atribuições dos ACS estão:
• Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados;
• Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;
• Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
• Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade;
• Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população do território de abrangência da UBS;
• Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, entre outros.

Conheça alguns agentes que atuam no município.

"É uma grande oportunidade de evolução como ser humano"

 

Katia Cristina de Souza Dias, de 50 anos, atua há 17 anos e seis meses como agente comunitária de saúde. Ligada à Unidade Básica de Saúde (UBS) Recanto dos Humildes, na zona Norte da capital, realiza visitas domiciliares, coleta de dados para cadastro, toma consciência da situação de saúde de cada indivíduo, forma vínculo com a comunidade e muito mais. É o verdadeiro elo entre as famílias e a unidade. 

Segundo Katia, o trabalho é muito gratificante e “é uma grande oportunidade de evolução como ser humano”. Ela atribui essa oportunidade de evolução ao conhecimento adquirido na convivência com as pessoas da comunidade.
 

“Sou muito grata por tudo. Tenho muito orgulho de fazer o que faço e faço tudo com amor, seja para os pacientes, para a equipe ou para nossa unidade”, afirmou Katia.

 

 

 

“Sinto-me honrado em fazer parte desse elo tão importante”

 

Entre as atribuições do ACS Isaac Gonzaga de Araújo, de 33 anos, estão promoção, prevenção e cuidado da saúde dos munícipes que vivem na área de abrangência da AMA/UBS Integrada Vila Nova Jaguaré, da CRS Oeste.

Araújo atua como ACS há oito anos e sente-se honrado com a profissão. “Sinto-me honrado em fazer parte desse elo tão importante para a integração da comunidade com a equipe de saúde”, disse.

Segundo Araújo, na função de ACS é possível ter contato direto com as principais queixas e dificuldades dos pacientes. “Tenho em mãos as ferramentas para encaminhá-los e auxiliá-los na marcação de consultas e exames, assim como acompanhar de perto a evolução e o cuidado de toda a família”, comentou.
 

 

 

 

 

 "É um trabalho gratificante, porque você vê a evolução da pessoa em relação aos cuidados e ao autocuidado"

 

 Irene Leal de Paula Silva, de 56 anos, atua como ACS na AMA/UBS Integrada Jardim São Jorge, na CRS Oeste, há 13 anos. Segundo ela, a profissão a faz se sentir tão bem que entrou para trabalhar por três anos e já está há 13 anos. "É um trabalho gratificante, porque você vê a evolução da pessoa em relação aos cuidados e ao autocuidado. Também é possível estabelecer um vínculo tão importante, com uma confiança tão grande, que já é costume procurarem a gente para perguntar as coisas antes de marcar uma consulta", disse.

De acordo com Irene, a proximidade com a população acaba extrapolando os limites da atenção à saúde e a intimidade faz com que surjam outras demandas. “Há muitos assuntos que não são da área da saúde, mas se a gente não ajudar, vai afetar na saúde daquela pessoa. Então isso tem que ser observado. É assim que a gente ajuda. Acredito que é por isso que as pessoas reconhecem o trabalho do agente, porque elas conseguem resolver as coisas por meio da nossa ajuda”, finalizou Irene.

 

 "Conquistamos a confiança das pessoas, algo que é tão difícil no mundo atual”

 

Para a ACS da UBS Jardim Mitsutani, da CRS Sul, Maria Clara Gomes da Silva, de 42 anos, as principais funções do agente são a responsabilidade com a saúde do outro e humanização. “Somos um pouco de tudo. Somos até referência para algumas pessoas que precisam desabafar, como mulheres com problemas conjugais ou familiares, idosos sozinhos e adolescentes com dúvidas, que confiam no ACS”, afirmou.

Maria atua na área há nove anos e 10 meses e se considera importante nesse processo de vínculo, pois vive em constante diálogo com as famílias. “É por meio dos ACS que a equipe vai saber sobre a realidade das pessoas e das famílias. Levamos isso para discussão em reunião de equipe. É uma profissão muito importante, pois conquistamos a confiança das pessoas, algo que é tão difícil no mundo atual”, comentou.

 

 

 

 

 "Tenho muito orgulho de ser ACS"

Já no território da CRS Centro, na UBS Bom Retiro, é possível encontrar a ACS Patricia Debiaze, de 40 anos. Ela atua na profissão há dois anos e dois meses e tem verdadeira paixão pela área da saúde. “Já prestei vestibular para medicina antes. Acabei indo para outra área, mas sempre tive interesse em trabalhar na área da saúde”, disse.

Patricia explica que o dia a dia dos ACS é bem dinâmico, pois fazem as visitas domiciliares, cuidam das fichas dos pacientes, atuam em campanhas, como a de vacinação, entre outras atividades. "Nossas prioridades para visitação são as gestantes, crianças de até dois anos, hipertensos e diabéticos, além da busca ativa de pacientes com doenças como tuberculose, dengue e hanseníase", explicou.

O trabalho, segundo Patricia, é gratificante por colaborar para a saúde das pessoas. "Eles também se sentem agradecidos, porque acabamos lembrando-os de uma consulta que está agendada, um exame. A gente acaba sendo o elo entre eles e a unidade. Tenho muito orgulho de ser ACS", finalizou.

 

 

 "Sinto-me realizada, pois faço o que amo"

 

Elaine de Assis Ferreira Lira, de 41 anos, é ACS da UBS Jardim São Francisco, da CRS Sudeste, há 12 anos. Segundo ela, são muitas as atribuições dos agentes, como mapear o território, cadastrar famílias, orientar os usuários sobre o fluxo da UBS, identificar a vulnerabilidade da área, promover o vínculo entre usuários e unidade, desenvolver ações educativas, identificar situações psicossocial e socioeconômica, que devem ser comunicadas à equipe para o desenvolvimento de uma ação junto à família.

A agente informa que já exerceu uma função administrativa em outro momento de sua vida, mas, depois que se tornou ACS, não se vê em outra profissão. "Sinto-me realizada, pois faço o que amo. Sinto-me útil para aprender e desenvolver minhas atividades como agente comunitária de saúde", disse Elaine.

 

 

 

 "Sinto que faço parte de cada família"

 

 

Na CRS Leste, a ACS Elaine Aparecida Firmino Matos, de 42 anos, é ligada à UBS Vila Cisper e está na função há 17 anos. Como está na região há muito tempo, está familiarizada com a população, o que ajuda a identificar mais facilmente as necessidades de cada indivíduo.

 "Sinto que tenho compromisso e responsabilidade com esta população que conheço desde criança. Atuo de forma a defendê-la e ajudá-la na busca pelos seus direitos e na conquista de novos conhecimentos para melhorar a saúde e o bem-estar de todos. Realizo as visitas domiciliares com amor, carinho e muita atenção. Sinto que faço parte de cada família", disse Elaine.
 

 

 

 

 

 

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