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Sexta-feira, 21 de Julho de 2017 | Horário: 12:29

Práticas Integrativas tomam conta da UBS Figueira Grande

A UBS/AMA Integrada Parque Figueira Grande abre cada vez mais espaço para as chamadas terapias alternativas

Por Marie Serafim

o 'arraiá' do grupo de Tai Chi.

A UBS Parque Figueira Grande desenvolve várias ações de incentivo às PICs — Práticas Integrativas e Complementares.

No dia 1º de junho, por exemplo, as residentes do curso de Práticas Integrativas organizaram uma roda de chá para seus pacientes. O intuito da atividade foi resgatar práticas de cuidados antigos, trocar experiências, sanar dúvidas sobre as ervas medicinais e dar dicas sobre o modo de preparo e de consumo de chás, entre outros.

O chá de hortelã, assim como o de boldo, é muito bom para ajudar a sanar problemas de má digestão, do fígado (doenças leves) e intoxicação alimentar.

No caso do chá de gengibre há um alerta: ele pode aumentar a pressão e, por isso, é preciso consumir com moderação.

“Eu uso muito aqueles chás de sachês e hoje aprendi que as ervas naturais ou secas têm outro propósito e o benefício é bem maior”, diz Ione Maria Silva de Oliveira, 68, participante do encontro.

Durante a conversa foram abordados outros assuntos como remédios fitoterápicos (à base de planta); escalda-pés e como plantar ervas medicinais em casa.

Dicas para o consumo adequado do chá

• Não ferva a água; assim que ela começar a criar bolinhas retire do fogo e despeje no recipiente ou caneca na qual está a erva e abafe por 10 minutos;
• Chá in natura ou seco é mais indicado para consumo de forma terapêutica;
• Consuma o chá sem açúcar;
• Alterne os chás na hora de tomar, por exemplo: um dia tome de hortelã no outro de erva doce.

Grupo de Tai Chi Chuan / O Arraiá deles

Sob iniciativa da agente comunitária de saúde, Elizete Alves de Souza, a UBS/ AMA Integrada Figueira Grande mantém, desde 2002, um grupo de Tai Chi para idosos. Em 2004, Elizete também formou uma equipe de Lian Gong e dois anos depois, em 2006, uma de Dao Yin Bao Jian Gong. “O grupo”, diz ela, “significa tudo para mim. Essas práticas ajudam muito as pessoas. O Tai Chi pode agir como cura, porque trabalha o nosso interior, o centro energético do nosso corpo; já recebi vários relatos de melhoras dos idosos devido à prática do Tai Chi”. Como o de Dona Helena, com mais de 80 anos, que credita sua rápida melhora de um infarto ao Tai Chi que pratica assiduamente. E da própria Elizete, que menos um mês depois de os médicos terem removido um câncer de sua tireoide, já estava de volta ao ensino e à prática das técnicas orientais.

Na UBS há registros de cartas escritas por membros do grupo relatando como a vida deles melhorou com a participação nas práticas integrativas.

Hoje, com quinze anos de existência, o grupo do Tai Chi tem cerca de setenta participantes, tendo Elizete ainda à sua frente, agora como voluntária. Além dos idosos, o grupo abraça todas as pessoas que queiram participar de suas atividades.

Para fechar tudo com chave de ouro, no dia 29 de junho o grupo de Tai Chi do Figueira fez sua Festa Junina. O evento contou também com a participação de alguns funcionários da Unidade Básica de Saúde. Foi uma festa bem animada e todos participaram da quadrilha com muita alegria.
E adivinha quem estava lá, dançando, até o final da quadrilha?! A Dona Helena,

As PICs

Por Laura Yoko

As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) abrangem todos os sistemas e recursos terapêuticos que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de doenças e de recuperação da saúde. Entre elas estão diversas práticas corporais, meditação, acupuntura, homeopatia, Tai Chi Chuan, fitoterapia, entre outras.

As PICs vêm ganhando cada vez mais adeptos e, com isto, se fortalecendo. Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde acrescentou sete novos procedimentos aos já oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente mais de 500 unidades de saúde possuem as modalidades das PICS.

A assistente técnica da Atenção Básica das PICS, na cidade de São Paulo, Regina Satico Omati, explica que as práticas contribuem para as políticas de participação e inclusão social, além de incentivar as Práticas Corporais Meditativas/Atividade Física em todos os níveis de atenção.

Portal: Quais os campos de atuação das PICS?
Regina: Todas as modalidades das PICS têm uma abordagem integral do indivíduo, atuam na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde e qualificam o cuidado. E têm em seu campo de atuação especialidades médicas integrativas como a Homeopatia e Acupuntura com respostas terapêuticas resolutivas muitas vezes não obtidas com a Biomedicina.

Portal: Que benefícios elas trazem para o paciente?
Regina: As PICS proporcionam bem-estar físico, mental e emocional, incentivando a prática do autocuidado. As práticas corporais e meditativas/atividade físicas promovem alívio do estresse, depressão leve, pânico, aumento da convivência social e da alegria de viver, contribuindo para a melhora da qualidade de vida do indivíduo.

Portal: O paciente pode escolher qual PIC praticar, ou é necessário o encaminhamento médico?
Regina: Todas as modalidades são abertas ao público em geral com exceção da Acupuntura que precisa de encaminhamento médico.

A lista completa das Unidades e práticas disponíveis na cidade de São Paulo você pode conferir em:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/atencao_basica/index.php?p=236370

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