11 de junho: dia do Educador sanitário

Ele atua desde a prevenção até o controle de grandes epidemias

Por William Amorim

Nem sempre a prevenção é associada à saúde pública. Porém, existe um profissional, cujo dia se comemora nesta quinta-feira (11/6), que tem como foco a prevenção da saúde, seja individual ou coletiva: o educador sanitário ou Educador de Saúde Pública.

O trabalho do educador sanitário é evitar doenças, conscientizando a comunidade sobre cuidados simples como higiene pessoal, boa alimentação, importância de tomar vacinas, cuidados com o meio ambiente, entre outros.

Hoje, muitas gestões entendem que todo profissional da saúde pode e deve fazer educação em saúde dentro das equipes das Unidades. O que ninguém contesta é a importância do trabalho preventivo que promove saúde e evita doenças.

“O dia dedicado ao profissional demonstra o reconhecimento da importância de sua existência para a coletividade e do desenvolvimento do seu papel para e com a mesma”, afirma a educadora sanitária Sonia Regina de Araújo, que trabalha na Coordenadoria Regional de Saúde Sul (CRS Sul).

Educação Sanitária

Os tipos de prevenção que o educador sanitário promove envolvem três níveis. Primário: antes da doença se instalar, como os cuidados que se tem com um bebê durante toda a gestação, as vacinações em todas as faixas etárias e os cuidados com a alimentação. Secundária: quando a doença se instala e há a necessidade da ajuda de um profissional para evitar o aparecimento de sequelas como os cuidados diferenciais que se tem com uma pessoa diabética. Terciária: quando a sequela já se instalou. Nesse estágio, uma pessoa que possui mobilidades reduzidas necessita usar um andador para evitar maiores sequelas.

Histórico

No Brasil, durante as décadas de 1930 e 1940 o Estado pôs em prática a ideia de educar a população para a saúde. O governo passou a se preocupar com a implementação de políticas públicas de educação sanitária. O objetivo que norteava as reformas era a construção de uma nação com homens e mulheres trabalhadores e crianças saudáveis.

Nos anos 30, o profissional conscientizava as pessoas e povoados da importância de fossa séptica e perigo do esgoto a céu aberto, trazendo doenças relacionadas ao mesmo como verminoses, infecções gastrointestinais etc.

Apesar do cenário não ter mudado tanto, hoje o foco é mais relacionado às grandes capitais, no sentido de conscientizar e orientar a população. Isso se faz por meio de palestras, cursos, atendimentos individuais e campanhas educativas, sobre os problemas relacionados ao meio ambiente e proteção ao planeta, com cuidados direcionados ao destino do lixo orgânico e reciclável, preservação da água e eliminação de esgotos.