Secretaria Municipal da Saúde
É brincando que se desenvolve
Equipe de atendimento Cecco-Fo: Katia esquerda Regina Estevão, Denise Landolpho Zoppello e Adriana Guilhermino Simões direita
Por Gleison Rocha Souza
O Centro de Convivência e Cooperativa (Cecco/FO) - que acolhe pacientes com autismo, síndrome de Down, atenção comportamental e transtornos sem diagnóstico definido - oferece diferentes atividades de recreação para inclusão da criança com deficiência mental. As atividades são realizadas com o apoio da Supervisão Técnicas de Saúde (STS) Freguesia do Ó/Brasilândia e da Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRS Norte).
A ideia é desenvolver o potencial de cada uma a partir de brincadeiras, carinho e disposição. “É o lúdico que direciona todo o processo e a atividade”, conta a fonoaudióloga da unidade, Denise Landolpho Zoppello. A equipe multidisciplinar trabalha com estimulação e continuidade de tratamento, já que muitas crianças estão sendo assistidas por outro serviço de saúde.
Para a estagiária de pedagogia Adriana Guilhermino Simões, a experiência derruba o conceito de que criança com déficit mental é um problema. “Aprendi que todos somos iguais, mesmo cada um tendo limitação”, explica. O progresso a partir do estímulo com os brinquedos e objetos de recreação é facilmente percebido. Uma mãe, que pediu para não ser identificada, relata após as atividades que seu filho “melhorou muito” seu relacionamento em casa e com os outros.
Brinquedoteca
O espaço dedicado a essas crianças recebeu o nome “Brinquedoteca Canto Cidadão”. Ela faz parte do Programa “Brincar é Coisa Séria”, dedicado a todas as crianças. Atualmente há 56 brinquedotecas em unidades da Secretaria Municipal de Saúde espalhadas pela cidade. São locais de inclusão social e terapêutica nos quais o objetivo é mostrar que todos podem utilizar o mesmo espaço sem distinção de raça, credo ou doença. A didática é facilitada ao máximo, para que os usuários atendidos tenham desenvolvimento constante.
No Cecco/FO cada criança é observada individualmente, assim como o seu transtorno. “A brinquedoteca é um recurso que ajuda não só a criança com transtorno mental, mas todas as crianças de uma maneira em geral”, explica Monica Grant Rolim, terapeuta ocupacional e assessora de saúde mental da CRSN. “Ela tem uma função terapêutica e de colaboração do desenvolvimento quando utilizada de forma correta”, complementa. O profissional que acompanha as crianças (brincadista) faz toda a diferença no brincar, criar fantasias e situações em que se estimula o relacionamento humano.
