Secretaria Municipal da Saúde

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Sexta-feira, 14 de Novembro de 2014 | Horário: 18:03

Prevenção e promoção da saúde do homem vão além do Novembro Azul

Ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) buscam incentivá-lo a frequentar os serviços de saúde

Por Keyla Santos

A prevenção e o autocuidado em relação à saúde devem ser uma rotina tanto para homens quanto para mulheres. É comum observar a resistência por parte da população masculina em procurar atendimento, fato que agrava alguns casos e relega a intervenção médica somente às fases mais avançadas da doença. De acordo com Marcia Massironi, coordenadora da Área Técnica de Saúde do Adulto/Saúde do Homem, as ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) buscam incentivá-lo a frequentar os serviços de saúde. Além dos cuidados com a próstata, neste mês de novembro, assim como ao longo de todo o ano, vale ressaltar a importância da saúde integral como forma de evitar outros males.

A PNAISH foi instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Portaria MS nº1944, de 28 de agosto de 2009. Visa promover ações que contribuam para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos. Além disso, a política tem o objetivo de facilitar e ampliar o acesso com qualidade da população masculina às ações e aos serviços de assistência integral à saúde da Rede SUS, sob a perspectiva de gênero, contribuindo de modo efetivo para a redução da morbidade, da mortalidade e a melhoria das condições de saúde.

Marcia explicou que a rede municipal de saúde vem se estruturando progressivamente para ampliar o reconhecimento da população masculina enquanto protagonista de suas demandas. “Neste contexto, as ações têm sido norteadas pelo princípio da integralidade, objetivando ofertar mais do que uma clínica especializada na erradicação de doenças, mas um conjunto de práticas de produção de saúde”, disse.

O município está preparado para identificar os sintomas e tratar os problemas na próstata. “A rede está apta a reconhecer os sinais e sintomas sugestivos de algum tipo de comprometimento prostático, seja este benigno ou maligno; realizar o diagnóstico e consequentemente o tratamento mais indicado, promovendo continuamente ações de esclarecimento para a população em geral”, afirmou a coordenadora.

De janeiro a setembro deste ano, foram realizados 130.539 atendimentos nos estabelecimentos (próprios, contratados/conveniados – Privados) de saúde sob gestão da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para pacientes com câncer de próstata por procedimento realizado. Ao longo de todo o ano de 2013, esses atendimentos chegaram a 340.768. Entre os exames efetivados estão biopsia percutânea orientada por tomografia computadorizada; ultrassonografia de próstata (via trans-retal); quimioterapia do adenocarcinoma; tomografia computadorizada de pelve, bacia e abdôme; planejamento para radioterapia conformada tridimensional, entre outros.

Em relação ao total de internações hospitalares para pacientes com câncer de próstata em 2013 foram notificadas 700. No período de janeiro a setembro deste ano, os estabelecimentos sob gestão da SMS já contabilizam 664 internações.

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) indicam que o câncer de próstata é o 6º tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens (cerca de 10% do total de cânceres). A taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação com os países em desenvolvimento.

Diagnóstico precoce

De acordo com a coordenadora, na área oncológica o diagnóstico precoce é uma estratégia que possibilita terapias mais simples e efetivas ao contribuir para a redução do estágio de apresentação do câncer. “É importante que a população e os profissionais de saúde reconheçam os sinais de alerta dos cânceres mais comuns passíveis de melhor prognóstico se descobertos no início”, alertou.

Diminuição do risco

Trata-se de uma doença da terceira idade. Tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos. Segundo informações do Inca, a hereditariedade é um fator importante. Se o indivíduo tem pai ou irmão com câncer antes dos 60 anos, pode aumentar o risco de ter a doença de três a dez vezes, comparado à população em geral. Hábitos alimentares ou estilo de vida de risco também influenciam.

Para a diminuição do risco do desenvolvimento do câncer de próstata, Marcia destaca a importância de uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, vegetais ricos em carotenoides (por exemplo: tomate e cenoura), grãos, cereais integrais e pobre em gordura, principalmente, as de origem animal.

“Alguns componentes naturalmente encontrados nos alimentos, possivelmente também possuem um efeito protetor como as vitaminas A, D, E, selênio, licopeno, Ômega 3, vitamina C. São ainda citados os fito-estrógenos, isoflavonóides, flavonóides, e lignanas”, concluiu Marcia.

Alimentação pode inibir doença

De acordo com a coordenadora da Área Técnica de Nutrição da SMS, Rita Helena Bueno, estudos demonstram o potencial dos alimentos na prevenção do câncer de próstata. “O licopeno presente em alguns alimentos de cor avermelhada como tomate, cenoura e mamão, possui ação inibidora sobre as células neoplásicas. Esse é um estudo realizado pela Universidade de Harvard que parece reduzir em 35% os riscos de ter câncer de próstata”, disse.

Pesquisa feita pelo Instituto do Câncer dos Estados Unidos (NCI) aponta que o alho e a cebola também podem reduzir em 30% os riscos de desenvolver a doença. “Logo, para prevenir é importante adotar uma alimentação saudável, isto é, variada e rica em verduras, legumes e frutas. Evite também o consumo de alimentos com alto teor de gordura, sal e açúcar; combata o excesso de peso e não troque as refeições principais (almoço e jantar) por lanches rápidos”, finalizou a nutricionista.

 

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