Prefeitura de São Paulo

Por José Antonio Leite

Nas páginas dos livros e filmes de terror no cinema ou na TV, personagens como Drácula ou Nosferatu aterrorizaram gerações de pessoas. Desde então, morcegos foram associados a criaturas perigosas, demoníacas, que sugam o sangue dos humanos e devem ser mortas. Pouca gente sabe que eles têm grande importância para o meio ambiente. Entretanto, em alguns casos, podem transmitir raiva para humanos e outros animais. Para informar a população sobre estes mamíferos, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) participará, no próximo dia 18, do 1º Dia Nacional do Morcego. O evento ocorrerá das 9h às 16h, no Parque da Independência. “Queremos acabar com o estigma contra os morcegos e que a população saiba como lidar com eles”, afirma Adriana Ruckert da Rosa, bióloga do Setor de Quirópteros do CCZ . O evento é uma realização da Sociedade Brasileira de Estudos de Quirópteros.

Como forma de desmistificar e informar a população sobre a vida e os cuidados a serem tomados com estes animais, o CCZ montará um estande no Parque da Independência. A entrada é gratuita. O público alvo são as crianças. Para tanto, o estande abrigará uma réplica de caverna (um dos habitats do quiróptero) e outros abrigos utilizados pelo animal. “Também haverá vídeos educativos, espaço para pintura de rosto, origami e muitas fotos. As crianças poderão, se divertindo, conhecer este animal fascinante e importante para a preservação ambiental”, diz Adriana.

Benefícios

Os morcegos – principalmente os que comem insetos – se adaptaram bem às cidades grandes, onde controlam a proliferação de pernilongos. Outras espécies habitam regiões de mata, como a Serra da Cantareira. Segundo a bióloga, além de ajudar a controlar insetos noturnos, espécies como a dos morcegos frugívoros se alimentam de frutas e espalham sementes durante o voo, colaborando na recuperação de áreas degradadas. Há também os chamados morcegos-beija-flor. Nectarívoros (que se alimentam de néctar das flores), eles polinizam as espécies que abrem apenas à noite.

Nas zonas urbanas, os quirópteros se abrigam em casas velhas, forros, lareiras, copas e cascas de árvore. Todas as espécies de morcego podem adquirir e transmitir doenças como a raiva para o homem e outros animais. Em São Paulo, a doença está controlada há mais de 30 anos. “A pessoa que se deparar com um morcego caído no chão não deve tocá-lo. Deve entrar em contato pelo telefone 156 ou por meio do site http://sac.prefeitura.sp.gov.br., para solicitar a retirada do morcego.

 

Serviço
1º Dia Nacional do Morcego
18 de outubro
Das 9h às 16h
Parque da independência - Av. Nazareth, s/nº - Ipiranga