Prefeitura de São Paulo

Foram abordadas também, práticas como alongamentos e outras atividades que possam ajudar o paciente no combate a dor

Por Mayara Carlis

A Coordenadoria Regional de Saúde Sul promoveu, no último dia 18 (quinta-feira), a terceira edição do Seminário de Dor Crônica. O encontro reuniu 120 profissionais da área da saúde no auditório da Unasp (Centro Adventista de São Paulo). Elas acompanharam palestras e apresentações de trabalhos de experiências exitosas das unidades de saúde da região.

Com o tema “Integralidade no cuidar e no autocuidado da dor crônica”, a atividade expôs a real necessidade de um olhar diferenciado ao tratamento da dor e a primordialidade de um autocuidado.

Durante a abertura do evento, Tania Zogbi Sahyoun, Coordenadora de Saúde Sul, ressaltou a importância do evento e a necessidade de um “olhar mais profundo para a questão”. O interlocutor de Saúde do Adulto da CRS Sul, Auro de Freitas, ressaltou o orgulho de ver um evento alcançar novos patamares com tantos profissionais envolvidos e querendo desenvolver um trabalho tão importante como esse.

Também estavam presentes na mesa de abertura Leliana Guardino, Supervisora da região de Santo Amaro/Cidade Ademar; Sandra Cobellis, Supervisora Adjunta de Campo Limpo; Maria de Fátima, representando a OS Santa Catarina; Talles Massato Shibata, Interlocutor de Saúde da Criança do Hospital Albert Einstein e Ely Hollen, representante da Unasp.

Marcando o início dos trabalhos, a palestra da psicóloga Elen Nogueira trouxa uma pergunta para reflexão de todos os presentes: “Quem cuidar da minha dor?” Segundo ela, é extremamente importante escutar a dor do outro além da sua própria. “Digamos que o cuidador que ignora a própria dor não tenha nenhuma condição de ser um cuidador”.

Medicina preventiva

Na sequência, vieram as seguintes palestras: “A dor na visão da medicina tradicional Chinesa”, que foi apresentada pelo Dr. Emilio Telesi, reforçando a ideia de uma medicina preventiva, não de cura, baseando-se nos três pilares que deram origem as MTC (medicinas tradicionais chinesas), sendo essas a Teoria do Ying – Yang, Teoria dos Cinco Movimentos e Teoria dos Meridianos.

Segundo Dr. William Rafael Malezan, que apresentou o tema “Tratamento Não Farmacológico em Dor Crônica – O que é possível?”, é pré-requisito de um bom fisioterapeuta ter criatividade para ajudar o paciente com tratamentos que não necessitem de medicamentos, mas de práticas como alongamentos e outras atividades que possam ajudar o paciente no combate a dor.

Já o Dr. Francisco Obata Cordon, que abordou a temática “Tratamento Farmacológico em Dor Crônica – O que é possível?”, fez um panorama dos medicamentos presentes no mercado, hoje, e as suas possibilidades de uso no combate a dor.

Na sua apresentação “Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa em Dor Crônica – O que possível?”, a Dra. Nilza Moreira Domingues apresentou um panorama geral sobre as práticas da MTC (medicinas tradicionais chinesas) e suas medidas de práticas preventivas na ação da saúde.

No decorrer do dia, o seminário contou com a apresentação de experiências exitosas das Unidades de Saúde da região Sul, aula de zumba (atividade que mistura movimentos aeróbicos com ritmos latinos de dança), relato de experiência do Ambulatório de Especialidades Pedreira, com a nutricionista Marta Guerrero contando com a participação especial do fisioterapeuta Rodrigo Rizzo e premiações.