Secretaria Municipal da Saúde

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Sexta-feira, 19 de Setembro de 2014 | Horário: 17:15

CRS Sudeste realiza Fórum de Gestão Participativa com conselheiros de saúde

Iniciativa promoveu reflexão sobre participação popular para o fortalecimento da construção de um SUS

Fórum teve objetivo de ampliar o espaço para a reflexão e a troca de experiências entre os representantes de cada setor, gestores e usuários

Atualizado em 22/9/2014

Por Rosângela Rosendo

A Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste realizou, no último dia 8 de setembro, o Fórum de Gestão Participativa Sudeste, no auditório da Universidade São Judas Tadeu (Mooca). Participaram da atividade mais de 400 pessoas, entre usuários do Sistema Único de Saúde, trabalhadores, gestores e representantes dos Conselhos de Saúde das Supervisões Técnicas de Saúde do território (Aricanduva/Mooca, Vila Prudente/Sapopemba, Ipiranga, Penha, e Vila Mariana/Jabaquara).

O Fórum teve objetivo de ampliar o espaço para a reflexão e a troca de experiências entre os representantes de cada setor, gestores e usuários, para fortalecer a participação popular e o controle social.

O evento contou com a Coordenadora Regional de Saúde Sudeste, Karina Calife, além das presenças de Maria Cícera Sales, Assessora de Gestão Participativa da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Adenilda Mastelaro, do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo, Francisca Ivoneide de Carvalho, da Gestão Participativa da Prefeitura Municipal, Maria Macedo Costa de Almeida, representante do segmento usuário, e Abegair de Oliveira Valentim, representante do segmento trabalhador.

Os convidados enfatizaram a importância de estreitar o diálogo entre trabalhadores, usuários e gestores para potencializar o Sistema Único de Saúde (SUS), além de promover o controle social integrado. “É preciso trabalhar a inclusão do SUS em rede. Assim como planejamos, temos de fazer o controle social também de maneira ascendente, desde a prestação de contas na UBS pelo BPA (Boletim de Produção Ambulatorial), nos hospitais, nas coordenadorias e no conselho municipal como um todo”, destacou Maria Adenilda Mastelaro, do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo.

Como representante do segmento usuário, Maria Macedo Costa de Almeida enfatizou que o controle social e a integração dos conselhos municipais com a base é o caminho certo para um sistema de saúde mais sólido. “A responsabilidade desta tarefa é de todos nós e, com formação adequada para sabermos por que ocupamos este espaço, vamos avançar na construção de um SUS com mais qualidade para todos”, acrescentou.

Panorama geral da CRS Sudeste 

Durante o Fórum de Gestão Participativa os participantes puderam conferir a apresentação da coordenadora da CRS Sudeste Karina Calife, que destacou as conquistas e os desafios do território. A CRS Sudeste é a única coordenadoria que faz divisa com as outras quatro coordenações de saúde do município. Ela está em território que abrange oito subprefeituras e ainda dispõe de cinco Supervisões Técnicas de Saúde. “Além de ter mais de 2,6 milhões de habitantes, a complexidade da CRS Sudeste está na capacidade de poder se relacionar com os governos de gestão local e outras secretarias, como Educação, Habitação, Cultura”, destacou Karina Calife.

O território conta com 93 Unidades Básicas de Saúde e divide espaço com cinco hospitais municipais, sete hospitais estaduais e dois hospitais conveniados, entre outros serviços que totalizam mais de 200 equipamentos de saúde na região.

Entre outros desafios da região, Karina Calife enfatizou o resgate da gestão pública, com a perspectiva da saúde da população e o fortalecimento da gestão participativa. Segundo a coordenadora, para atingir esse resultado é fundamental contar com o trabalho de gestores, trabalhadores e usuários, de modo articulado e com um objetivo comum, o serviço de saúde de qualidade para o usuário.

“A gestão participativa permite que a comunidade seja corresponsável pela administração dos serviços de saúde, fazendo parte de um modelo de gestão que potencializa a ação dos gestores e suas competências”, ressalta a coordenadora.

Resultado dessa articulação foram a realização de três Encontros Regionais na CRS Sudeste, com a presença de cerca de 1.400 Conselheiros Gestores para debater as questões da Saúde, a retomada das reuniões mensais dos conselhos com os diretores de unidades de saúde, além da formação dos interconselhos nas unidades, capacitação e eleição de Conselheiros.

Fórum de Redes

Karina Calife ainda deu ênfase em manter a regulação do sistema de saúde em rede. A responsável da CRS Sudeste explica que, por mais que um serviço de saúde esteja organizado, em algum momento do processo terapêutico do paciente vai necessitar da complementação de outro.

“Uma gestante vai à UBS fazer sua consulta de pré-natal, por exemplo, mas posteriormente precisará dos centros de especialidades para fazer exames complementares como a ultrassonografia, e, em seguida, de um hospital maternidade. E essa integração serve para todas as linhas de cuidado, como para hipertensão ou diabetes”, afirmou.

No intuito de enfrentar esse desafio, a CRS Sudeste apostou na estratégia de dialogar regularmente com os vários serviços de saúde do território. Entre as medidas, semanalmente são realizadas reuniões entre a Coordenadoria e os cinco supervisores de saúde da região para aproximação, troca de conhecimentos, definição de agenda administrativa e discussão de politica de educação permanente.

‘Trocas de experiências’

Outra aposta da coordenadoria foi a criação, em fevereiro de 2013, do Fórum de Rede da CRS Sudeste, que promove encontros quinzenais deliberativos, com a presença dos supervisores de saúde, parceiros, representantes dos cinco hospitais municipais e dos sete hospitais estaduais da região, além de membros das áreas técnicas da coordenadoria.

“Articular a Rede de Atenção à Saúde na Sudeste, trocar experiências, planejar as ações, definir redes temáticas e linhas de cuidado, manter ações intersetoriais, reavaliar as filas de cirurgia e outros indicadores de saúde são objetivos do Fórum de Redes. Tudo isso para que os usuários tenham acesso mais fácil e rápido aos serviços de saúde”, ressalta.

Entre outros avanços, a partir das discussões no Fórum de Redes, a CRS Sudeste conseguiu reduzir a fila de colecistectomia. Segundo Karina Calife, quando foi dado início às ações do Fórum junto com os hospitais, foi feita a reorganização da necessidade dessas vagas no Sistema SIGA.

“Conseguimos diminuir a fila de cirurgia de vesícula de três anos em 2012 para seis meses em 2013. Com contratação de médicos novos, ampliação de consultas, a demanda aumentou para nove meses. Não é ideal, mas a fila reduziu de forma significativa. E tudo isso aconteceu com muita conversa e discussão durante essas reuniões”, explica Karina ao acrescentar que, a redução da fila para laqueadura e vasectomia também tem sido discutida na pauta do Fórum da CRS Sudeste.

 

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