Tratamento humanizado é a chave para um bom atendimento, nas palavras do Dr. Waldemar Mazar Júnior

O coordenador da Clínica Médica do HSPM expôs sua trajetória profissional e compartilhou alguns de seus principais pontos de vista sobre o que é ser um bom profissional médico

 Por Mariana Baiter

Desde dezembro de 2021, o Hospital do Servidor Público Municipal presta assistência médica, hospitalar, domiciliar e odontológica exclusivamente aos servidores públicos municipais. Munidos de uma boa estrutura, os profissionais buscam, diariamente, oferecer aos pacientes um atendimento humanizado e de qualidade, seguindo a missão de “atender, cuidar e ensinar com excelência!". A fim de trazer a público a trajetória daqueles que fazem presentes, em seu dia-a-dia, a missão e os valores do hospital, daremos início à apresentação de alguns servidores desta autarquia.

“Se fosse um parente muito próximo seu, o que você faria? Tentamos dar o melhor atendimento possível, mas em relação à clínica médica, o que nós podemos fazer pelos pacientes, nós fazemos. É com as palavras do Dr. Waldemar Mazar Junior, coordenador da Clínica Médica do HSPM, que iniciamos.

Em sua fala, o Clínico Médico e Reumatologista sintetiza alguns dos principais valores do Hospital, como a humanização e a satisfação do paciente. E isso se deve à sua trajetória de 40 anos no Servidor, desde a sua residência, em 1983. Mazar relembra: "Fui convidado pelo Dr. Sender, chefe excepcional da clínica médica, da Escola Paulista de Medicina, para ser assistente da Clínica Médica".

Mazar, que ingressou em 1986 como assistente na Clínica Médica, desde 1996 faz parte da coordenação do mesmo setor e acompanha a sua turma de residentes. “Aprendo a cada dia com meus pacientes e com meus residentes, mesmo com tantos anos de profissão”, diz o profissional.

Waldemar também atuou entre 1996 e 2021 no Pronto-Socorro do HSPM e seguiu sendo coordenador da clínica concomitantemente ao seu ofício no Pronto-Socorro. O médico declara: “Era para ficar dois meses, mas acabei ficando 25 anos no Pronto-Socorro. Também pelo mesmo motivo: era uma equipe extraordinária em termos de cirurgiões, neurocirurgiões. Era uma equipe fantástica”.

Sobre sua trajetória profissional no período da pandemia, Mazar relembra: "Os pacientes saíam da UTI com dois meses de intubação, acamados, perdiam praticamente toda sua musculatura, além de miopatia periférica associada. Com o passar do tempo, eles evoluíram de uma forma satisfatória do ponto de vista médico, de fisioterapia, e conseguiam ter alta. Eu dizia assim: “o senhor, a senhora foi uma sobrevivente, uma guerreira, um guerreiro, então segura firme que a gente vai lhe ajudar”, e quando o paciente tinha alta, eu dava os parabéns para o meu residente por ter dado alta para um paciente crítico. Na pandemia isso foi muito frequente. A maioria acabou saindo, tivemos poucos óbitos de pacientes críticos que saíram da UTI. Acho que isso foi muito interessante".

Sobre a sua rotina atual, o profissional comenta: "Eu chego de manhã, faço a parte administrativa, depois toda a parte de atividade didática assistencial de Enfermaria, mês sim, mês não, e didática com os residentes, ajudando também o pessoal do internato, quando ficam conosco".

Já em relação ao atendimento e cuidado, quando perguntado sobre o que mais ouve dos pacientes, Mazar pontua: "Bom aí eu tenho que dar o mérito ao atual Secretário e à Dra. Elizabete, porque o hospital melhorou muito de alguns anos para cá. Conseguimos muita coisa, não só do ponto de vista de estrutura do hospital. Então, com o novo pronto-socorro e uma tomografia de última geração, conseguimos muita coisa”.

Já com relação ao acompanhamento dos residentes médicos, Waldemar comenta: "Os meus residentes sabem, quando nós temos dúvida na discussão de caso eu falo para eles “se fosse um parente muito próximo seu, o que você faria?”. Mas sobre o atendimento, eu te falo: os residentes da clínica médica são bons residentes ¨. Em sua visão, a chave principal para um bom atendimento é o contato com a família do paciente ao longo do atendimento. Ao salientar a relação entre familiares, pacientes e equipe médica, Mazar cita a importância da transparência com os parentes, mostrando que apesar das possíveis reações ruins, é importante informá-los de todo o processo do tratamento, expondo as dificuldades, possíveis mudanças, resultados de exames e, é claro, os acertos. “Esse contato para com a família e para com o paciente é crucial para um bom atendimento, sobre todos aspectos, mas principalmente do ponto de vista humano. É muito importante entender a preocupação da família para com seu ente querido. Acho que essa é a experiência maior que talvez eu possa e tento passar para os meus residentes: sempre conversar com a família”, afirma Mazar.