HSPM RESPONDE

Vírus Sincicial Respiratório

Imagem ilustrativa na qual aparece à esquerda um holofote dentro de um celular e à direita o Texto HSPM Responde

Corrimento nasal, tosse e febre são alguns dos sintomas que o vírus sincicial respiratório (VSR) pode provocar. Em crianças a infecção também pode desencadear bronquiolite. A infecção viral respiratória ocorre com mais frequência no outono e no inverno e seu grupo de risco é composto por crianças de até dois anos, idosos e pessoas com doenças cardiopulmonares. Nesta edição do HSPM Responde a coordenadora da Clínica de Pediatria do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), Dra. Marcia Sekino, fala sobre a transmissão do VSR, seus sintomas e os possíveis tratamentos da infecção.

1. Como o vírus sincicial respiratório afeta o paciente?
O VSR, que pertence ao gênero Pneumovirus, é um dos principais agentes de uma infecção aguda nas vias respiratórias, podendo afetar os brônquios e os pulmões. Ele é o responsável pelo aparecimento da bronquiolite e pneumonia, especialmente no primeiro ano de vida de bebês prematuros.

2. Como acontece a transmissão de uma pessoa para a outra?
A infecção pelo VSR é altamente contagiosa. O vírus penetra no organismo saudável através das mucosas da boca, nariz ou dos olhos, podendo permanecer nele por semanas. O período de transmissão começa dois dias antes de aparecerem os sintomas e só termina quando a infecção está completamente controlada. O contágio se dá pelo contato direto com as secreções eliminadas pela pessoa infectada quando tosse, espirra ou fala, e de forma indireta pelo contato com superfícies e objetos contaminados, nos quais o vírus pode sobreviver por várias horas.

3. Quais são as recomendações para a prevenção contra o vírus sincicial respiratório?
Como o vírus é altamente contagioso deve-se sempre manter o ambiente bem ventilado, lavar as mãos com água e sabão, aplicar álcool gel antes e depois de entrar em contato com o doente e desinfetar superfícies e objetos expostos às secreções corporais contaminadas pelo vírus. Também é aconselhado evitar aglomerações em locais fechados e manter a distância das pessoas que apresentam sinais da doença.

4. O vírus é mais comum em algumas faixas etárias do que em outras?
O vírus pode atacar todas as faixas etárias. Porém, fazem parte dos grupos de risco os prematuros, os portadores de doenças cardíacas congênitas, de doenças pulmonares crônicas e de imunodeficiência congênita ou adquirida.

5. Quais são os sintomas mais comuns apresentados?
A infecção pelo VSR pode ser assintomática. Entretanto, a maioria das pessoas infectadas desenvolve uma doença autolimitada, ou seja, os sintomas desaparecem espontaneamente em poucos dias. O período de incubação dura, em média, cinco dias. Em adultos e crianças maiores com boas condições de saúde, os sintomas são semelhantes aos de resfriados comuns, como secreção nasal, espirro, tosse seca, febre baixa, dor de garganta e dor de cabeça.
Porém, com a progressão da doença a infecção pode alcançar o trato respiratório inferior e afetar bronquíolos, alvéolos e pulmões. Merecem atenção e cuidados alguns sinais clínicos como febre alta, dificuldade de respirar, cianose labial, retração e afundamento dos espaços entre as costelas e letargia.

6. Qual é o tratamento indicado para os pacientes?
O tratamento é sintomático, então basta recorrer a medicamentos para baixar a febre, aliviar a dor e o mal estar, repouso e ingerir bastante líquido para evitar a desidratação, além de permanecer em ambientes com ar umidificado para facilitar a saída da secreção nasal e acalmar a tosse. Pacientes com insuficiência respiratória grave devem ser hospitalizados para receber suporte ventilatório mecânico e medicamentos específicos.

7. Algum outro ponto ou consideração importante para comentar sobre o vírus sincicial respiratório?
Qualquer pessoa pode ser infectada pelo VSR. As manifestações clínicas variam de acordo com a idade, mas bebês e idosos merecem atenção especial. Além da idade, outros fatores que facilitam a disseminação da infecção são o tabagismo passivo, desmame precoce e ficar em ambientes pouco ventilados e com muita gente. Os casos de infecção pelo VSR são mais comuns no final do outono, durante o inverno e no início da primavera, basicamente de maio a setembro. É importante ressaltar a importância da lavagem e higienização das mãos antes e depois de lidar com o paciente ou com objetos e superfícies por ele contaminados, sendo essas algumas das medidas essenciais para evitar a infecção pelo vírus sincicial respiratório.