Janeiro Roxo informa sobre prevenção à hanseníase

A doença é transmitida pelo ar e tem cura

Por Luísa Carvalho

                                                                  Imagem com laço roxo rodeado de flores
                                                                   Imagem ilustrativa: Freepik.com


A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, transmitida por contato prolongado com a pessoa infectada. Ainda que transmitida pelo ar, essa enfermidade tem cura.

As pessoas devem ficar atentas a lesões brancas ou vermelhas na pele, com aparência grande, relevo ou aspecto de secura. Os nervos são comumente afetados, podendo haver a perda ou redução da sensibilidade da pele - a famosa sensação de pele “dormente ou morta”, como os pacientes costumam se referir.

O doutor Cristiano Tarzia Kakihara, médico da Clínica de Dermatologia do HSPM e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, considera que “há, assim, uma variedade muito grande de aspecto clínico da hanseníase, e é o olhar treinado e atento do dermatologista que permitirá o diagnóstico correto”.

A doença é curável e o tratamento é feito basicamente com antibióticos, com muito sucesso. Caso não seja tratada, poderá gerar sequelas no paciente como - dentre outras - deformidades ortopédicas, uma vez que o agente infeccioso acomete as articulações, ossos e outros órgãos do corpo.

O objetivo da Campanha Janeiro Roxo é conscientizar as pessoas que a hanseníase é uma doença extremamente comum no Brasil. Nosso país é o segundo país do mundo com o maior número de casos e daí a importância de os médicos sempre pensarem neste diagnóstico, bem como os pacientes sempre indagarem se eventuais lesões cutâneas podem ser devidas a esta doença.

Em 2020, foram informados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 127.396 casos novos da doença no mundo, sendo que 93,6% dos casos novos das Américas foram notificados no Brasil.