Prefeitura de São Paulo

Por Gabriel Serpa

A dengue é uma doença infecciosa e aguda, causada por flavivírus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O penúltimo sábado de novembro é destinado à conscientização sobre cuidados com a doença, que já acometeu cerca de 1,3 milhão de brasileiros somente nos meses de janeiro a outubro de 2022, segundo dados do Ministério da Saúde.

“A fêmea do mosquito precisa do sangue humano para maturar seus ovos. Por isso, é ela a responsável por picar e, portanto, disseminar o vírus entre nós”, explica o coordenador da Seção Técnica de Controle de Infecção Hospitalar, Dr. Marcos Antonio Cyrillo. A fêmea deposita seus ovos em água parada, que podem levar até um ano para eclodir.

Ainda que a aplicação de inseticida (fumacê) possa auxiliar no combate à dengue, ela só tem eficácia contra mosquitos — sem afetar ovos que não tenham eclodido. Por isso, é essencial que se eliminem eventuais criadouros no ambiente doméstico: pneus, calhas, vasos, piscinas, lixo e qualquer foco que propicie o acúmulo de água.

Um dos sintomas é febre, embora não seja o único: “é possível ter dores de cabeça e no corpo, vômitos, além do aparecimento de manchas”, ressalta o infectologista. No entanto, casos mais graves da doença podem manifestar “hipotensão, hemorragia, alterações de fígado, baço, pulmão, coração e sangramentos”, complementa.

Crianças, idosos e pessoas com histórico de doenças hepáticas, renais e pulmonares compõem o grupo de pacientes que podem desenvolver a forma mais severa da dengue. Além desses, pessoas que já foram infectadas pela doença podem apresentar maiores complicações em eventual reinfecção. Isso porque a produção de anticorpos nesses pacientes tende a aumentar muito.

Uma vez contraída a dengue, o tratamento realizado é meramente sintomático. Além do fumacê e da limpeza do ambiente domiciliar, recomenda-se às pessoas que se vacinem contra a doença, como forma de prevenção. Em especial, todos aqueles que se encaixam nos grupos de risco já mencionados.