Por Beatriz Rodrigues

O Dia Mundial na Luta Contra o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é comemorado no dia 10 de maio com objetivo de chamar a atenção da população para a doença, o impacto na vida de quem convive com essa condição e a importância do diagnóstico precoce. Cerca de cinco milhões de pessoas são afetadas pela enfermidade, principalmente mulheres no período reprodutivo.

O lúpus é uma doença crônica, inflamatória e autoimune e os sintomas podem aparecer lentamente, mas são contínuos e variam em fases de atividade e remissão. São reconhecidos dois tipos principais, o cutâneo, que se manifesta com manchas avermelhadas na pele e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos são afetados.

“Embora a causa do LES não seja conhecida, sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais participam de seu desenvolvimento. Portanto, pessoas que nascem com susceptibilidade genética para desenvolver a doença, em algum momento, após uma interação com fatores ambientais (irradiação solar, infecções virais ou por outros micro-organismos), passam a apresentar alterações imunológicas. A principal delas é o desequilíbrio na produção de anticorpos que reagem com proteínas do próprio organismo e causam inflamação em diversos órgãos como na pele, mucosas, pleura e pulmões, articulações, rins etc.”, diz a coordenadora da Clínica de Reumatologia do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), Dra. Pérola Goberstein.

O diagnóstico é feito através do reconhecimento médico de um ou mais sintomas relacionados à doença: manchas vermelhas pela pele, dores e inchaços nas articulações, inflamação de membranas que recobrem o coração e os pulmões que podem vir ou não acompanhadas de dor no peito, inflamação nos rins, alteração nas células do sangue e alterações neuropsiquiátricas.

Não existem tratamentos prévios, mas existem cuidados gerais que podem ser tomados e que ajudam a prevenir qualquer doença, exercícios físicos e alimentação saudável.