Câncer Colorretal é doença silenciosa

Enfermidade está relacionada a questões hereditárias e de hábitos de vida

Por: Rosângela Dias e Giovanna Anjos
Foto: Daniela Avacini

Equipe da Clínica de Proctologia

Parte da equipe da Clínica de Proctologia do HSPM
 

O Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal foi instituído em 27 de março, com objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, mais de 40 mil novos casos são descobertos anualmente no Brasil.

Com incidência um pouco maior entre os homens, especialmente a partir dos 50 anos de idade, o câncer colorretal é um tumor maligno que pode se apresentar em qualquer parte do intestino grosso ou no reto, sendo mais frequente o adenocarcioma, tumor com origem nas células glandulares do intestino e que pode surgir em mais de um local ao mesmo tempo.

“O câncer colorretal é silencioso, ou seja, apenas apresenta sintomas em sua fase mais avançada. Esse tipo de câncer está relacionado à hereditariedade e/ou aos hábitos de vida inadequados. Por isso, é importante a realização de atividade física, manter uma alimentação saudável e não fumar”, orienta o Dr. Thiago Agostini Braga, coloproctologista e coordenador da Clínica de Proctologia do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM).

Os sintomas dependerão da parte do intestino acometido pelo tumor. Entre os indícios de alerta para buscar ajuda médica, estão:
• Alteração do hábito intestinal, como diarreia ou constipação
• Sangramento no reto
• Presença de sangue nas fezes
• Dor abdominal
• Cansaço e fadiga

A detecção nos estágios iniciais da doença é fundamental para elevar as chances de cura. A identificação do câncer é feita por exames como pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopia). O tratamento é cirúrgico, podendo ser necessárias sessões quimioterapia ou radioterapia em casos mais avançados.

“Para pacientes que não apresentam sintomas, ou seja, para rastreamento, é orientado iniciar os exames a partir dos 45 anos de idade. Caso tenha histórico da doença na família, orientamos 10 anos antes da idade do diagnóstico desse familiar (ou seja, se o familiar foi diagnosticado com 50 anos, o paciente deve procurar acompanhamento médico por volta dos 40 anos)”, salienta o Dr. Thiago Agostini Braga.