Telessaúde Redes do Município de São Paulo

A meta do programa é aprimorar gestão do SUS na cidade

A Prefeitura de São Paulo implantou nesta terça-feira (30/9), por meio da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS) o Programa Telessaúde Redes do Município de São Paulo, instituído pelo Ministério da Saúde para melhorar a qualidade do atendimento e da atenção básica no Sistema Único de Saúde (SUS).

Cerca de 200 trabalhadores da Saúde participaram do evento, realizado na sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá. A abertura contou com a participação do prefeito Fernando Haddad, da primeira dama Ana Estela Haddad, do secretário municipal da Saúde em exercício, Paulo de Tarso Puccini, do coordenador nacional da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) Dr. Luiz Ary Messina, e do diretor do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (Deges/SGTES) Alexandre Medeiros de Figueiredo. O lançamento ainda contou com a participação dos integrantes do Comitê Municipal de Telessaúde Redes e presidentes de hospitais e entidades parceiras.

Um dos objetivos do programa é integrar o serviço médico por meio do uso de tecnologias da informação e comunicação. O comitê será formado por membros de entidades e universidades, que deverão interagir com o Núcleo Técnico-Científico, responsável pela formulação e gestão dos trabalhos. O prefeito Fernando Haddad lembrou que esse tipo de programa já apresentou resultados significativos em regiões remotas do País. “Percebemos que a Telemedicina e o Telessaúde para São Paulo pode contribuir com a troca de conhecimentos entre os profissionais”, destacou.

A ideia é oferecer para os trabalhadores do SUS um suporte para dúvidas. “Sabemos que é frequente a discussão de determinados casos, de uma segunda opinião formativa a respeito de um diagnóstico”, pontuou Ana Estela Haddad, presidente do Comitê Municipal de Telessaúde Redes.

Segundo ela, a cada duas teleconsultorias realizadas, evita-se um encaminhamento do paciente para o atendimento em outra unidade. “Todo o serviço pode funcionar como ponto de telessaúde, à medida que os questionamentos são enviados. E também como núcleo técnico científico, ao oferecer respostas dos profissionais em sua área de expertise. A vantagem é que eles podem ser feitos em tempo real, tanto por telefone quanto chats, ou videoconferências”, acrescentou.

Iara Alves de Camargo, coordenadora municipal do Programa Telessaúde Redes destacou em sua apresentação que essas ações são imprescindíveis ao aprimoramento dos profissionais. Com isso, espera-se mudar de maneira significativa a qualidade da assistência do SUS em São Paulo. “Teremos uma aproximação dos trabalhadores com os centros de excelência. Trata-se de uma mudança de concepção, que rompe com as barreiras geográficas e também com as distâncias do conhecimento”, enfatizou o secretário Paulo de Tarso Puccini.

O programa prevê ainda iniciativas de tele-educação, que incluem conferências, aulas e cursos a distância. “Nesse sentido, o papel da Escola Municipal de Saúde (EMS) é fundamental, uma vez que é precursora desse tipo de prática, tanto por meio do Canal Profissional da Rede São Paulo Saudável quanto da plataforma Moodle”, afirmou Laura Santucci, diretora da EMS. Para ela a experiência exitosa de educação a distância da EMS só tem a contribuir com o novo programa. “Estamos engajados com esse novo desafio de articulação do trabalho em redes, por meio da integração de todos os núcleos existentes em São Paulo”, finalizou.