Artigo: Avanços de São Paulo na diminuição da sífilis congênita

Coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids, Cristina Abbate, faz um relato de agradecimento a todos os profissionais envolvidos na conquista do prêmio Luiza Matida, de diminuição da transmissão da sífilis congênita na cidade de São Paulo

Nessa semana, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo recebeu o Prêmio Luiza Matida, concedido pelo governo estadual pelos avanços que a capital paulista tem conseguido no enfrentamento à sífilis congênita, isto é, quando a transmissão ocorre da mãe não tratada para o bebê.

Somente no ano de 2017, a cidade de São Paulo aumentou em 14% a taxa de detecção de sífilis na gestação (número de casos a cada 1.000 nascidos vivos) e diminuiu em 2% a taxa de incidência de sífilis congênita (novos casos). Essas são boas notícias, pois mostram que estamos diagnosticando essa infecção sexualmente transmissível (IST) ainda no Pré-Natal, o que leva ao tratamento precoce e evita a transmissão para o bebê.

Isso só tem sido possível, principalmente, devido ao esforço conjunto da Comissão de Normatização e Avaliação das Ações de Controle da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis Congênita do Município de São Paulo, composta por diversas áreas da SMS, como a Atenção Básica, Áreas Técnicas da Saúde da Mulher e da Saúde da Criança e do Adolescente, Assistência Laboratorial, Assistência Farmacêutica, Autarquia Hospitalar Municipal, Rede de Proteção da Mãe Paulistana, Coordenadoria de Vigilância em Saúde e Programa Municipal de DST/Aids.

Esta comissão instituiu comitês regionais, que monitoram todos os casos de gestantes com sífilis, bem como avaliam os casos de sífilis congênita, com o objetivo de verificar potenciais falhas e aperfeiçoar os fluxos de trabalho. Para auxiliar nesses processos, a SMS criou o “MONITORA TV”, um sistema online que concentra todos os dados das gestantes e da criança, como consultas e exames, e tem ainda a função de notificar as unidades de saúde caso algum passo no acompanhamento esteja pendente.

Outro avanço foi a publicação, em 17 de agosto deste ano, da portaria que institucionaliza a Linha de Cuidados da Sífilis. Esse documento estabelece os procedimentos que devem ser realizados a cada etapa da atenção ao usuário com essa IST, em especial às gestantes. Dentre outras resoluções, a portaria estabelece a administração da Penicilina G benzatina, por profissionais de enfermagem, mediante prescrição médica ou de enfermeiro.

Esses resultados não seriam alcançados sem o trabalho dos profissionais das Coordenadorias Regionais de Saúde, das Supervisões Técnicas de Saúde, das Unidades Básicas de Saúde, hospitais, maternidades e dos serviços municipais especializados em DST/Aids.

A premiação nos estimula a manter o empenho para a eliminação da transmissão vertical da sífilis na cidade de São Paulo.

 

Maria Cristina Abbate
Coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo

 

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