Projeto educacional é desenvolvido durante oficina da UNESCO, em Washington D.C

Oficina em parceria com o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos e UNESCO leva representantes de São Paulo a idealizar uma ação de educação

De 12 a 18 de fevereiro, ocorreu um treinamento presencial no Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, em Washington D.C., que capacitou representantes da cidade de São Paulo que desenvolveram o primeiro projeto brasileiro do Programa Internacional de Educação sobre o Holocausto e o Genocídio (IPHGE). A delegação da cidade foi composta por servidores das Secretarias Municipais de Relações Internacionais (SMRI), da Educação (SME) e de Cidadania e Direitos Humanos (SMDHC). Em representação a SMRI, o assessor de assuntos Internacionais Multilaterais, Luis Felipe Mendes, esteve presente na ocasião.

O IPHGE foi criado em 2015 em uma parceria da UNESCO com o Museu Memorial do Holocausto dos EUA, a partir do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4.7, que propõe a promoção da educação para a cidadania global. O Programa parte do princípio de que cidadãos de democracias compartilham uma responsabilidade coletiva em prevenir que novos genocídios ocorram, por isso, atua junto aos países para desenvolver projetos de educação sobre o Holocausto e o genocídio, visando construir métodos de educação sobre passados violentos, prevenir casos de violência em massa e construir uma cultura de paz e tolerância.

“A participação da SMRI No Programa Internacional de Educação sobre o Holocausto e o Genocídio (IPHGE), posicionou a cidade de São Paulo como referência de educação para os direitos humanos, a cultura de paz e a promoção da tolerância como a cidade que receberá a realização do 1º projeto brasileiro de educação sobre o Holocausto e o genocídio junto à UNESCO e ao Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos”, diz Luis Felipe.

Durante a missão, o assessor Luis Felipe, atuou no desenvolvimento de um projeto de educação para a cultura da paz, democracia e direitos humanos. Ele também participou da avaliação de atividades realizadas no treinamento, e esteve em discussões para cooperações com as delegações dos outros países presentes na oficina.

“A equipe brasileira participou de capacitações e sessões de networking com representantes de dez países que fazem parte desta edição do IPHGE. O projeto brasileiro, que foi aprovado na ocasião, será desenvolvido de 2023 a 2024 na rede municipal de ensino e beneficiará dezenas de professores e centenas de alunos com treinamento, formações e diálogos com sobreviventes de genocídios para consolidar um modelo educacional de prevenção à violência e promoção da cidadania global a ser replicado a nível nacional”, conclui o assessor.

A finalidade do treinamento era aprimorar e aprovar a proposta do projeto brasileiro, que será desenvolvido na rede municipal de ensino, uma parceria coletiva entre a cidade de São Paulo, UNESCO, Ministério da Educação, Museu do Holocausto de Curitiba e B'nai B'rith Brasil. Luis Felipe comenta que a cidade de São Paulo, que já tem políticas como o Farol de Combate ao Racismo Estrutural, foi escolhida por suas dimensões, diversidade e histórico de acolhimento às diferenças para desenvolver este programa pioneiro no Brasil.

 

Oficina, em parceria com o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos e UNESCO, leva representantes de São Paulo a idealizar uma ação de educação

Definido pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data de 27 de janeiro foi escolhida para solenizar o Dia Internacional em Memória do Holocausto. Para lembrar das vítimas desse caso, e reforçar o compromisso da humanidade em combater o genocídio, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em parceria com o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos (USHMM), o Ministério da Educação, o Museu do Holocausto de Curitiba e B'nai B'rith Brasil desenvolveram o projeto IPHGE, a partir do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4.7, que propõe a promoção da educação para a cidadania global.