De 29 de novembro a 1º de dezembro, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) realiza na cidade de São Paulo, em parceria com a Prefeitura, a terceira edição do Fórum Global contra o Racismo e a Discriminação. Com o apoio do governo federal, por meio dos Ministérios da Igualdade Racial (MIR), dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH) e das Relações Exteriores (MRE), além da Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI), o evento visa fazer um balanço dos avanços obtidos desde a última edição e intensificar as estratégias antirracistas e contra o preconceito e a discriminação de qualquer tipo.

Com o tema “Rumo ao avanço: a igualdade racial e a justiça no topo das agendas de desenvolvimento”, o Fórum vai abordar a importância de colocar as questões raciais no centro das estratégias do desenvolvimento socioeconômico. A ausência de compromissos específicos voltados para a equidade e a justiça racial nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) demonstra uma lacuna na construção de planos de ação sustentáveis, com o objetivo de “não deixar ninguém para trás”.

"Enfrentar o preconceito, a discriminação e o racismo e promover a igualdade racial são valores essenciais de toda a Gestão Ricardo Nunes na construção de uma cidade mais justa e inclusiva, sustentável e igualitária. É por isso que estamos aqui hoje, cientes de que ainda precisamos avançar muito como sociedade, seja na capital paulista, seja no Brasil e no mundo", afirmou a secretária municipal de Relações Internacionais, Marta Suplicy, na abertura do evento.

Ministros de mais de 20 países e outros representantes de governos, formuladores de políticas, profissionais, acadêmicos, membros da sociedade civil e comunidades artísticas estão entre os convidados para discutir estratégias eficazes para combater o racismo sistêmico. A diretora-Geral adjunta da UNESCO para Ciências Humanas e Sociais, Gabriela Ramos, e a Ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, participaram da cerimônia inaugural do Fórum, junto com outras autoridades.

Com mais de 30 painéis e atividades paralelas, o Fórum reunirá especialistas em políticas públicas, acadêmicos, cientistas, agentes da sociedade civil, ONGs e OSCs, artistas e profissionais criativos, o setor privado e a mídia para discutir ideias, compartilhar boas práticas e assumir compromissos concretos para construir sociedades mais inclusivas e sustentáveis.

Parceria com a Prefeitura de São Paulo

A articulação para que a cidade de São Paulo sediasse o Fórum Global iniciou durante missão a Nova York realizada pela secretaria municipal de Relações Internacionais, Marta Suplicy, no Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, no mês de maio deste ano.

Também em agosto, durante missão a Brasília, a secretária Marta se reuniu com a diretora da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, para tratar sobre ações de combate ao racismo e o posicionamento de São Paulo cada vez com maior presença e relevância no cenário internacional.

A Prefeitura de São Paulo intermediou a escolha do espaço do SESC 14 BIS, local onde está sendo realizado o evento, além de garantir toda a execução direta da logística, com alimentação e apresentações culturais, por exemplo.

O Fórum é realizado no âmbito da política pública "São Paulo, Farol de Combate ao Racismo Estrutural", uma parceria entre as secretarias de Relações Internacionais e Educação focada no enfrentamento da discriminação e promoção da igualdade racial dentro e fora da sala de aula, capacitando alunos, professores e a própria sociedade. A pauta antirracista é prioridade da Prefeitura, que acaba de realizar a III Expo Internacional Dia da Consciência Negra. Foi a maior edição do evento, com a presença de mais de 27 mil visitantes.

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