São Paulo é modelo no uso de dados georreferenciados na gestão pública e apresenta GeoSampa para dez cidades ibero-americanas

Em um total de três encontros, a iniciativa promove a integração de dados territoriais entre as cidades a partir da adoção de padrões tecnológicos

Quando o assunto é o georreferenciamento de dados e a sua contribuição para o fomento de políticas públicas, o município paulistano é considerado uma referência internacional no uso desse sistema. Pensando nisso, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI), promoveu na manhã desta terça-feira (10) o primeiro módulo do workshop virtual “Geoprocessamento de Dados para o Planejamento Urbano” para 10 cidades Ibero–americanas.

A iniciativa surgiu a partir do Centro Ibero-Americano de Desenvolvimento Estratégico Urbano (CIDEU), que selecionou a cidade de São Paulo como condutora desse processo de partilha de experiências que tem o intuito de promover a integração de dados territoriais entre as cidades da região ibero-americana (onde o português ou espanhol são as línguas predominantes) a partir da adoção de padrões tecnológicos.

Em um total de três encontros, as experiências de São Paulo serão compartilhadas pela Coordenadoria de Produção e Análise de Informação (GEOINFO) da SMUL e contarão com um representante do próprio CIDEU para realizar a facilitação entre os presentes. Cada cidade pode formar grupos de até três pessoas, respeitando o número máximo de 30 participantes no workshop. As próximas aulas serão realizadas nos dias 30 de outubro e 28 de novembro, respectivamente, sempre de maneira on-line.

Para o secretário adjunto da SMUL, José Armênio de Brito, o trabalho minucioso de estudos e pesquisas da equipe técnica da secretaria tem colocado a capital paulista como protagonista no georreferenciamento de dados na América Latina.

"Todo planejamento de cidade deve ser desenvolvido a partir de políticas públicas baseadas em dados e evidências. E a cidade de São Paulo é uma vitrine global nesse quesito ao ser pioneira na elaboração de uma plataforma multifuncional que reflete a infraestrutura de dados geográfico da capital", afirmou Armênio.

Para participar da formação, o CIDEU realizou um chamamento público para que as cidades interessadas pudessem realizar suas inscrições. Entre os critérios estabelecidos, os municípios precisariam ter um contato mínimo com o uso de dados georreferenciados na gestão pública.

As localidades selecionadas foram: Bogotá, Cartagena e Medellín (Colômbia); Montevideo (Panamá); Espaillat e Santiago de Los Caballeros (República Dominicana); Coimbra (Portugal); Salvador (Brasil) e Durango (México).

O protagonismo de São Paulo no âmbito dessa tecnologia possibilita que a capital paulista se coloque em um patamar global de produção de conhecimentos a partir do georreferenciamento de dados para a promoção de políticas públicas em diversas áreas.

"Estamos, em conjunto, discutindo possibilidades de cooperação entre CIDEU e a rede Mercocidades, que São Paulo irá assumir a presidência em novembro deste ano. Devemos seguir trabalhando em conjunto para avançar rumo ao desenvolvimento que tanto almejamos, por isso a importância da realização de espaços como esse", afirma o chefe de gabinete da secretaria municipal de Relações Internacionais, Rodrigo Massi.

O GeoSampa

Os alunos terão a oportunidade de mergulhar no universo do georreferenciamento e dialogar sobre os mais variados assuntos como: cartografia, sensoriamento, sistemas de gerenciamento de dados geográficos, softwares de geoprocessamentos, entre outros.

O carro chefe de todo conteúdo abordado é Portal GeoSampa. Lançado em 2015, o Mapa Digital da Cidade disponibiliza atualmente informações sobre cerca de 400 camadas relevantes à cidade, como zoneamento, rede de transporte público, patrimônio histórico, escolas e parques. Nele, é possível localizar bibliotecas, museus e teatros, assim como escolas públicas, equipamentos de saúde, como hospitais e UBS (Unidade Básica de Saúde), terminais de ônibus e parques. Trata-se de uma ferramenta multifuncional onde também é possível verificar a área do rodízio municipal, locais de risco geológico e fotos aéreas antigas e atuais.

Todos esses dados estão disponíveis para download e seu conteúdo pode ser livremente acessado, utilizado e compartilhado para qualquer finalidade, basta que o usuário cite sua fonte.

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