São Paulo reúne grandes nomes do Brasil e do mundo para promover a 1ª Virada ODS do planeta

Ban Ki-Moon, Juan Manuel Santos, Felipe Calderón, Achille Mbembe, Joyce Banda, Loung Ung, Jasmine Crowe, Carolina Cosse, Iraci Hassler, Gissela Chalá Reinoso, Ileana Suárez, Emilia Schneider, entre os nomes internacionais; Davi Kopenawa, Drauzio Varella, Jaqueline Góes, Thelminha Assis, Bielo Pereira, Djamila Ribeiro, Carla Akotirene, Raul Juste Lores, MV Bill e Marta Suplicy, entre os brasileiros.

Esses e mais nomes de destaque na pauta de sustentabilidade, no Brasil e no mundo, discutiram os principais temas da atualidade sobre mudanças climáticas, fizeram reflexões e apontaram caminhos para um mundo mais sustentável e que precisa, necessariamente, valorizar a vida, combater a desigualdade social, a fome, o racismo estrutural e promover equidade entre pessoas. São as urgências de um planeta que vem colapsando em vários aspectos.
Foi um evento sem precedentes, no Brasil e no mundo, reunindo, na abertura, autoridades do município, o prefeito Ricardo Nunes; do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, e do mundo, Silvia Rucks, representando o secretário-geral António Guterres e a ONU no Brasil. Também, esteve no palco inicial a secretária municipal de RI de SP, Marta Suplicy, organizadora da Virada ODS. A palestra Magna foi proferida, logo em seguida, pelo 8º secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon. Foi na gestão de Ban Ki-Moon que os ODS foram estudados, estabelecidos e formalizados (Agenda 2030).

COMPROMISSO
Logo na abertura, o prefeito Ricardo Nunes assinou uma declaração de comprometimento da Prefeitura com a "Década de Ação", iniciada em 2020, em busca dos ODS. Nunes explicou que, por mais que São Paulo carregue a alcunha de "cidade de pedra", está alicerçada em três pilares: "sustentabilidade, desenvolvimento econômico e social, com foco nos mais vulneráveis".
Em seu discurso, Marta Suplicy, acentuou que "o amanhã depende de nós". Para ela, atingir os ODS é possível a partir da "preservação de vidas dignas". "O que conta mesmo é cada vida."
Esse tom de urgência em cuidar das pessoas e do planeta foi referendado na palestra de Ban Ki-Moon: "Precisamos de uma parceria global forte se queremos atingir os ODS." Ele alertou: "Temos de agir agora para salvar o futuro da humanidade", alertou. "Não temos plano B, pois não temos um planeta B."
No plano estadual, o governador Rodrigo Garcia recebeu, na cerimônia, o 2º Relatório de Acompanhamento dos ODS do Estado, por meio da Secretaria de Governo. O documento foi elaborado por 26 instituições governamentais integrantes da Comissão Estadual ODS. Também, assinou protocolo de intenções para desenvolvimento sustentável de todos os municípios do estado.
“São Paulo é um estado que pratica o desenvolvimento sustentável. Não adianta só os governos estarem preparados para orientar o seu orçamento e as suas políticas públicas em relação a este tema. É fundamental que a sociedade tenha essa agenda permanente em suas ações e passe a exercer o controle social para mobilizar Governos”, disse Rodrigo Garcia.
Falando sobre a importância da implementação dos ODS, a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, disse: "Não estamos buscando qualquer tipo de desenvolvimento. Queremos uma forma de desenvolvimento que seja justa e sustentável”.

IGUALDADE DE GÊNERO
Marta Suplicy foi palestrante no palco de Igualdade de gênero, ao lado de Emilia Schneider, 1ª mulher trans a ser eleita para a Câmara dos Deputados no Chile, e Bielo Pereira, criadora de conteúdo, apresentadora e YouTuber que fala de racismo e gordofobia.
"Raça e gênero precisam caminhar juntos! Temos de investir em ensino de qualidade nas escolas! É como avançaremos neste século para o desenvolvimento das pessoas e para garantir sustentabilidade, preservando o meio ambiente e o planeta", afirmou Marta Suplicy.

IMPACTO
A Virada ODS é o maior evento já realizado, no mundo, para divulgação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), pacto que faz parte da chamada “Agenda 2030”. Nenhuma outra cidade promoveu o tema com uma programação semelhante.
O evento ocorreu no polo do Ibirapuera e em 8 Centros Educacionais Unificados (CEUs), além de Hub Green Sampa (Hackathon) e tudo aconteceu desde sexta-feira (8) até domingo (10), sendo que todas as atividades foram gratuitas para a população, visando popularizar os ODS, compromisso de um mundo mais sustentável, assumido durante a Cúpula das Nações Unidas, em 2015, pelos 193 países membros, incluído o Brasil.
Malu Molina, gerente de projetos da SMRI e coordenadora da Virada ODS pela Pasta, observou que o propósito foi: "valorizar o desenvolvimento e a sustentabilidade, a partir de uma lógica mais verde, inteligente e inclusiva, além de engajar a população paulistana nos ODS". Segundo Malu, a ideia é possibilitar que mais cidades se inspirem e realizem Viradas ODS.

COMO FOI A PROGRAMAÇÃO
No polo central da Virada ODS, Bienal do Ibirapuera, aconteceu um congresso internacional e o Fórum Cidades Sustentáveis. Também, o Festival Green Nation, com atividades lúdicas e experimentais. E rodadas de negócios em prol dos ODS.
Aconteceu uma maratona de programação Hackathon, no Hub Green Sampa, em Pinheiros, e diversas atividades culturais e educativas em oito Centros Educacionais Unificados (CEUs): Parelheiros, Butantã, Cidade Dutra, Heliópolis, Água Azul, Jardim Paulistano, São Rafael e Jaçanã.

LANÇAMENTO
A Virada ODS foi lançada pela Prefeitura de São Paulo em 25 de setembro de 2021, Dia de Ação Global pelos ODS, quando se comemorou seis anos da publicação da Agenda 2030 da ONU.
PARCERIAS
Para realizar a Virada ODS, a SMRI contou com a SPTURIS e apoios das seguintes secretarias da Prefeitura: Educação, Cultura, Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Verde e Meio Ambiente, Governo, Comunicação, Direitos Humanos e Cidadania, Justiça, Segurança Urbana, Transportes (CET e SPTrans), Esportes e Lazer, Subprefeituras, Mudanças Climáticas, Planejamento e Entregas Prioritárias, Projetos Estratégicos, Pessoa com Deficiência, Assistência e Desenvolvimento Social, Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável e Prodam.
No terceiro setor, participação da Green Nation, Instituto Global Attitude e Instituto Cidades Sustentáveis. Redes internacionais que apoiaram: UNICEF, PNUMA, ONU Mulheres, ONU-Habitat, UNESCO, OPAS/OMS, UNOSSC, C-40, ICLEI, UCCI, Mercocidades, UNODC, FAO, Pacto Global da ONU.

 

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