Criação de parques tecnológicos e incubadoras aproxima São Paulo de Israel

A reunião mensal do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia & Inovação recebeu um seminário que mostrou a experiência de sucesso das Incubadoras Tecnológicas em Israel. As características aplicadas em Israel podem ter resultados positivos para os projetos de São Paulo.

 A reunião mensal do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia & Inovação (CMCT&I) deu lugar, no dia 16, à realização do seminário Incubadoras Tecnológicas em Israel - Uma Experiência de Sucesso, no Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (Seesp). O encontro, conduzido pelo professor e consultor internacional de empreendedorismo, incubação e desenvolvimento de negócios, Shmuel Yerushalmi, foi uma iniciativa das secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho e Relações Internacionais e do Consulado Geral de Israel.


Para o secretário da Semdet o evento é um março para as ações a serem implementadas nas zonas Leste e Oeste do município que contarão com parques tecnológicos e incubadoras. "A experiência de Israel será importante para os projetos da cidade. Esse encontro também agrega em conhecimento sobre a absorção de tecnologia e na geração de emprego e renda".
Já o secretário de Relações Internacionais relatou ter visitado vários países para conhecer parques tecnológicos, dentro do planejamento do prefeito. O secretário conclui que as características aplicadas em Israel podem ter resultados positivos para os projetos de São Paulo, visto o sucesso obtido por algumas empresas incubadas no modelo do país.


O professor Yerushalmi, que é brasileiro, mas vive desde a década de 50 em Israel, destacou, em sua exposição, os avanços conquistados por Israel a partir do momento em que o governo passou a incentivar o desenvolvimento de incubadoras. "Depois de uma forte recessão na década de 60, foram criadas políticas públicas de estimulo à pesquisa, surgindo, inclusive, um departamento especializado em gestão. Buscou-se também a aproximação com organizações de profissionais para estabelecer os avanços necessários, além de incluir a demanda em orçamento anual".


O especialista reforçou que são importantes os incentivos nessa área, mas também ter bem elaboradas as etapas para a criação de empresas de base tecnológica. "Não basta ter uma idéia boa, é essencial que todos os mecanismos estejam engajados para o bom desenvolvimento de uma nova empresa".


Yerushalmi exemplificou que, em média, o país conta com 200 a 300 projetos novos nesse segmento por ano, sendo que entre 15 e 20 passam pela primeira avaliação e são aprovados de cinco a oito para receber investimentos.


Fonte: Porta JusBrasil – Agosto/2011