Agenda 21: a cultura como pilar para o desenvolvimento sustentável

Durante a I Cúpula de Cultura da rede CGLU, realizada em março na cidade de Bilbao, governos locais pactuaram agenda com 100 ações voltadas para a área. O secretário de Cultura Nabil Bonduki representou São Paulo no encontro.

A cidade de São Paulo marcou presença na I Cúpula de Cultura promovida pela rede de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) em Bilbao, na Espanha. O secretário de Cultura Nabil Bonduki participou de dois painéis e apresentou iniciativas da capital no âmbito da cidadania cultural -- como o VAI Cultura, ônibus-biblioteca e agentes de cultura --, além de discutir o papel da ação cultural na ocupação do espaço público.

“Essa ideia de que o espaço público é ocupado pela cultura e que ela é um fator importante de integração transversal das políticas públicas é muito presente no debate internacional. Acho São Paulo está bem avançado em relação a isso”, disse o secretário, em entrevista à equipe de Relações Internacionais e Federativas.

Sobre a promoção da Agenda 21, documento adotado pela CGLU que propõe que os governos locais passem a planejar suas políticas culturais levando em considerações seus efeitos para cidades mais sustentáveis, Bonduki notou grande sinergia com que a capital tem feito no tema. “ O que saiu da agenda 21 está muito compatível com que estamos fazendo aqui – as discussões sobre cidadania cultural, cultura como eixo transversal de ações públicas, a relação entre cultura e espaço público”, concluiu.

Há em curso um profundo debate global a respeito do papal da cultura no desenvolvimento sustentável. A temática se uniria assim ao crescimento econômico; à inclusão social e ao equilíbrio ambiental como ideia-força na elaboração de agenda voltada para a sustentabilidade.

Sobre a rede Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU)

Sediada em Barcelona, Espanha, a rede foi criada em 2004 a partir da unificação entre a Federação Mundial das Cidades Unidas (FMCU), a União Internacional das Autoridades Locais (IULA) e Metropolis, com o objetivo de promover a cooperação e intercâmbio entre governos locais autônomos e democráticos.
É a principal e maior organização de representação de governos locais perante as Nações Unidas com mais de 1000 cidades de 92 países do mundo, além de 112 associações de governos locais.