Prefeito anuncia parceria para estudar viabilidade de São Paulo sediar a Expo Mundial 2020

Capital paulista participa da Expo 2010 em Xangai

O prefeito de São Paulo assinou na manhã desta quinta-feira (27/5) um termo de cooperação técnica para estudos de viabilidade da candidatura de São Paulo para sediar a Exposição Mundial (Expo) em 2020. O acordo foi firmado com a Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib), na sede da entidade, no bairro do Butantã, na Capital.

O pacto assinado pelo prefeito e pelo presidente da Abdib, Paulo Roberto Godoy, servirá para que a associação prepare estudos sobre impacto econômico, ambiental, físico e planejamento estratégico no sentido de fortalecer a campanha paulistana. "Hoje foi dado o primeiro passo para a candidatura. E foi dado com muita consistência. A parceria com a Abdib dá uma musculatura para esse projeto", afirmou o prefeito.

A candidatura oficial de São Paulo deverá ser enviada ao Bureau Mundial, órgão que elege a cidade-sede da Expo, em 2011. "Nós estamos em fase de pedido de formalização ao Governo Federal, para que a cidade de São Paulo represente o Brasil nessa reivindicação. Estamos bastante otimistas e acredito que possamos juntos, Prefeitura e Abdib, trazer novos parceiros para essa missão", declarou o prefeito.

A definição da sede do evento acontecerá em 2013. De acordo com o secretário municipal de Relações Internacionais, Alfredo Cotait Neto, além de São Paulo, a cidade de Nova York demonstra interesse em receber a Expo em 2020.

A concorrência não intimida a Prefeitura. "Os eventos são importantes para qualquer país. E a cidade de São Paulo, no Brasil, é a que melhor se prepara para receber grandes espetáculos. Além disso, os eventos são importantes para São Paulo na geração de empregos. Essa é a razão de estarmos pleiteando a Expo", salientou o prefeito.

Além da transformação urbana, o prefeito pensa no legado que a Expo deixará para a cidade. "Está é uma das razões pela qual estamos em fase final da formatação do projeto para construir o maior centro de feiras, exposições e convenções do mundo, em Pirituba. Também é a razão para o projeto de reforma do centro de convenções do Anhembi e da busca de um destino para um uso adequado do Pacaembu", comentou.

Segundo o presidente da Abdib, a pretensão de receber um dos maiores eventos do mundo na Capital teria importância fundamental para o País. "Nós achamos que a vinda da Expo Mundial para o Brasil representaria a conquista da tríplice coroa em termos de eventos internacionais. Pela ordem, os maiores são Copa do Mundo de Futebol, Jogos Olímpicos e a Expo. O Brasil está à procura dessa tríplice coroa", contou Paulo Roberto Godoy.

São Paulo na Expo Xangai

A cidade de São Paulo está participando da Expo Xangai 2010, cujo tema é "Better City, Better Life" (Cidade Melhor, Vida Melhor). Esta é a primeira vez que cidades participam de uma Exposição Mundial. Das 188 cidades candidatas à concessão de um espaço, São Paulo, com o projeto Cidade Limpa, ficou em quarto lugar.

A presença de São Paulo na Expo 2010 faz parte da estratégia de posicionamento de São Paulo no contexto internacional. Mais de 190 países e dezenas de instituições internacionais e organizações não-governamentais participam do evento, que é palco da troca de experiência e intercâmbio de boas práticas, além de ser uma oportunidade única de apresentar ao mundo o impacto e benefícios das ações e projetos desenvolvidos na capital paulista.

O evento na cidade chinesa começou neste mês e vai até 31 de outubro. Até o momento, ao todo, mais de três milhões de pessoas já passaram pelo evento - a expectativa é que atraia mais de 70 milhões de visitantes. A Expo Mundial, também conhecida como Exposição Universal ou Feira Mundial, é o terceiro maior evento em termos de impacto cultural e econômico - logo após a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos - e tem sido realizada nos últimos 150 anos.

A principal atração de uma Expo Mundial são os pavilhões nacionais, criados pelos países participantes. Na Expo 2000, realizada em Hannover, na Alemanha, cada delegação criou sua própria arquitetura, e o gasto médio por pavilhão foi de 13 milhões de euros (por volta de R$ 33 milhões).