PREFEITURA DE SÃO PAULO

Arquitetos e urbanistas brasileiros e estrangeiros discutem a partir desta segunda-feira, dia 27, os desafios dos projetos urbanos em grandes cidades, no Fórum Urbano Internacional, realizado na sede da Prefeitura de São Paulo. Aberto pelo prefeito da capital paulista, o evento apresenta projetos e experiências implementadas em cinco continentes.

"Cada vez mais as pessoas vivem nas grandes cidades. O mundo está cada vez mais urbano. Desta forma, é fundamental discutir a condução das cidades diante da perspectiva da sustentabilidade, da recuperação e da preservação do meio ambiente", disse o prefeito, durante a cerimônia de abertura. Ele lembrou que promover o desenvolvimento sustentável é um desafio das grandes metrópoles. "São Paulo está cada vez mais inserida neste processo", informou lembrando que, recentemente uma delegação da cidade participou da conferência do C40, em Seul, na Coreia do Sul, para discutir o combate às mudanças climáticas.

O Fórum, que termina nesta terça-feira, dia 28, tem como tema central a sustentabilidade com foco na “Eficiência Urbana”. Para a coordenadora do evento, Maria José Feitosa, esta iniciativa é uma oportunidade de conhecer melhor, analisar e refletir sobre projetos desenvolvidos em vários países. "Apesar das diferenças entre as nações, existem vários pontos em comum entre os centros urbanos e, a partir da troca de experiências e informações, é possível desenvolver uma ação mais integrada", disse ela.

Durante os dois dias do fórum, serão apresentados projetos e experiências urbanas implementadas em doze países. Entre eles estão Índia, Marrocos, Cingapura, Coréia e Finlândia. A presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA), Louise Cox, falou sobre a importância de transformar os centros urbanos. "As pessoas vivem nas cidades e é preciso fazer das cidades bons lugares para viver",ressaltou.  Para a representante da UIA no Brasil, Nádia Somekh, a ideia é analisar a maneira como os arquitetos e urbanistas pensam as cidades. "Com base nisso, podemos  buscar aprimorar os processos de interação urbana", destacou.

Segundo os organizadores, pensar as cidades é uma tarefa multidisplinar, que envolve vários setores da sociedade. A participação da Prefeitura de São Paulo é essencial para a melhoria dos processos de transformação urbana, de acordo com a presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil - seção São Paulo, Rosana Ferrari. Ela agradeceu o apoio da Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI) para a realização do Fórum.

Entre os projetos apresentados durante o fórum, estão o da Nova Luz, que pretende revitalizar grande parte da região central da capital paulista; ações que resultaram em inclusão social no México, e iniciativas que redesenharam cidades como Beirute, no Líbano. Também há transformações urbanas em cidades contemporâneas no Japão e em Barcelona, na Espanha.

Depois deste evento, São Paulo se prepara para sediar a 8ª Bienal Internacional de Arquitetura, que será realizada de 31 de outubro a 6 e dezembro no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera. "Será uma edição mais aberta, mais democrática e mais participativa", explicou o curador geral da 8ª BIA, Bruno Padovani, que fez um breve resumo do que será o evento, que terá como tema central 'ECOS urbanos (E - Espacialidade / C - Conectividade / O - Originalidade / S - Sustentabilidade).