Prefeitura lança parceria para viabilizar ecoparque na Zona Sul

O espaço, localizado no bairro de Santo Amaro, tem capacidade de recuperar e tratar 1.500 toneladas de resíduos sólidos diariamente

A Prefeitura de São Paulo, por meio da AMLURB, lançou nesta quarta-feira (2), parceria com a Climate and Clean Air Coalition – coalizão formada por Bangladesh, Canadá, Gana, México, Suécia, Estados Unidos e ONU Meio Ambiente – e sua Municipal Solid Waste Initiative (CCAC MSWI), para viabilizar estudo para a construção de um ecoparque na Zona Sul da cidade, através da International Solid Waste Association/ Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ISWA/ABRELPE). O objetivo do projeto é desviar os resíduos sólidos dos aterros, para que sejam tratados e transformados em energia ou combustível derivado de resíduos (CDR), utilizado para alimentar fornos industriais.

O espaço, um terreno municipal situado no bairro de Santo Amaro, ao lado de uma estação de tratamento de detritos, tem capacidade para recuperar e tratar 1.500 toneladas de resíduos sólidos, diariamente.

“A intenção é que, a partir do segundo semestre do próximo ano, tenhamos concluído os estudos que indiquem qual é a melhor proposta de ecoparque para tratar os resíduos sólidos domicilares de São Paulo”, afirma Edson Tomaz de Lima Filho, presidente da AMLURB.

De acordo com Lima Filho, o aterro sanitário da cidade (Central de Tratamento de Resíduos Leste, em São Mateus) tem mais dez ou 12 anos de vida útil e, assim, torna-se necessário pensar em uma alternativa sustentável para os resíduos produzidos na cidade; “Precisamos colocar São Paulo no século 21, diminuindo drasticamente a utilização de aterros”, enfatizou o presidente.

Sobre o projeto

A primeira fase do estudo, realizado pela Solid Waste Iniciative (CCAC MSWI) para a Prefeitura de São Paulo, teve início em dezembro de 2014 e terminou em março de 2015. Durante esse período foi realizado o diagnóstico do sistema de gestão dos resíduos sólidos urbanos e a elaboração de plano de ações para aprimorar a gestão, com a mitigação das emissões de poluentes climáticos como o metano e o carbono negro (produzido durante a combustão incompleta de combustíveis fósseis, como petróleo, madeira ou biomassa).

Na segunda etapa, compreendida entre abril e agosto de 2015, a ISWA e a ABRELPE, enviaram proposta para a MSWI, solicitando recursos para o Plano de Trabalho, que foi aprovado em setembro do mesmo ano. A partir daquela data e até setembro de 2016, foram desenvolvidos seis produtos específicos para São Paulo, pelas equipes da ISWA/ABRELPE, em parceria com especialistas internacionais:

- Comunicação Ambiental Estratégica para a gestão de resíduos sólidos de São Paulo;
- Relatório de Avaliação e Recomendações à planta piloto de compostagem da Lapa, na capital;
- Manual para gestão de resíduos orgânicos nas escolas;
- Estratégia para a separação de resíduos orgânicos: desafios e oportunidades para São Paulo;
- Guia técnico para operação de plantas de tratamento de resíduos orgânicos;
- Projeto piloto para a coleta de resíduos orgânicos domiciliares em áreas da Lapa, em São Paulo.