Aniversário de São Paulo oferece programação em todas as regiões da cidade

Prefeitura oferece mais de 300 atividades no dia 25 de janeiro, como shows, cinema, dança, teatro e circo, em cerca de 150 pontos nas ruas e equipamentos culturais

A cidade de São Paulo completou 466 anos no dia 25 de janeiro. Para comemorar a data, a Prefeitura ofereceu uma grande programação cultural. O Aniversário de São Paulo celebrou a fundação da maior cidade da América Latina promovendo uma reflexão sobre a sua história por meio das atividades programadas para o 25 de janeiro. Foram mais de de 300 atividades entre shows, palestras, cinema, dança, circo, teatro, programação infantil, debates e roteiros de memória distribuídos por cerca de 150 pontos em todas as regiões da cidade. A programação de aniversário integra o Agendão, do programa São Paulo Capital da Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Entre as atividades programadas na região central, o destaque é o Grande Cortejo Modernista, que contará com shows do cantor Ney Matogrosso e da banda Skank, com o recurso de tradução em Libras e área reservada para pessoas com deficiência, assim como no show do cantor Nego do Borel, em Paraisópolis. Na festa da cidade cabem todos os ritmos e gêneros: da cultura indígena, passando pelo forró, pelo hip hop, pelo samba, erudito e rock, até atrações de música brasileira e carnaval.

Participaram desse espetáculo itinerante a céu aberto artistas como Elba Ramalho com Bixiga 70, Karol Conka, Rashid, Ney Matogrosso, Skank, Demônios da Garoa e a bateria da escola de samba Vai-Vai. Para dar vida a personagens históricos, foram convidados atores como Pascoal da Conceição, interpretando o escritor Mário de Andrade. A Orquestra Sinfônica Municipal, o Coro Lírico, o Balé da Cidade de São Paulo e o Coral Indígena Guarani Amba Vera também integram a apresentação.

A abertura do cortejo foi no Pátio do Colégio e o itinerário inclui o Largo São Bento, Rua Líbero Badaró, Avenida São João, Viaduto do Chá, Praça Ramos de Azevedo - onde fica o Theatro Municipal de São Paulo -, Largo do Paiçandu, esquina das avenidas Ipiranga e São João e Praça da República. O público foi convidado a percorrer pontos históricos e lugares de memória que se relacionam com a cultura brasileira em todas as suas formas.

Entre as atividades descentralizadas, que aconteceram nas cinco regiões da cidade, teve o show de Emicida, no Palco Praça Brasil, na Zona Leste. Depois de duas apresentações que lotaram o Theatro Municipal, no ano passado, para a gravação do DVD “AmarElo”, o cantor retornou para uma apresentação ao ar livre durante o aniversário de São Paulo. O espetáculo foi o vencedor da categoria melhor show do prêmio APCA 2019. O rapper concebeu este trabalho “como quem manda cartas de amor”. No repertório, a faixa-título “Eminência Parda”, entre outras canções, além de músicas que marcam seus dez anos de carreira.

Na Freguesia do Ó, Zona Norte, o tradicional grupo de forró paulistano Falamansa se apresentou com diversos sucessos que marcaram o início dos anos 2000, entre eles, “Rindo à Toa” e “Xote da Alegria”. O grupo fez ainda versões de canções conhecidas nas vozes de Luiz Gonzaga e Alceu Valença. Na sequência, sobe ao palco o grupo de forró Rastapé. Com 20 anos de carreira, a banda Rastapé, o grupo lançou recentemente as canções “Contando as Horas” e a regravação de “Vou te Levar”, música do rapper Fábio Brazza e Vulto.

Outro espaço que recebeu programação neste dia é o Centro Cultural da Juventude. Um grande encontro de talentos da nova geração do rap com Drik Barbosa, Kamau e Rashid. A carreira da MC, que participou, em 2015, da música “Mandume” de Emicida, começou na Batalha do Santa Cruz, na qual desenvolveu suas habilidades no freestyle, método baseado na improvisação. Da mesma fonte, vieram também Rashid, Projota e o próprio Emicida. Uma das principais referências entre o rap clássico e o contemporâneo, Kamau é um dos principais nomes do gênero no Brasil. Rashid, que significa “justo” e “corretamente guiado” em árabe é um rapper que tem uma carreira musical recente, mas já muito sólida. Seu primeiro álbum foi lançado em 2016, mas o rapper já se tornou referência no segmento, principalmente em São Paulo, onde nasceu. Seu mais recente trabalho, “Tão Real”, é multiplataforma, com conteúdos disponíveis em podcast e também como documentários, além das faixas musicais.

No Butantã, Zona Oeste, a programação começou com o grupo Samba Rock Santo Amaro formado por alunos de uma oficina realizada na própria Casa de Cultura. Na sequência, o grupo “Eu soul sambarock” relembrou os bailes das periferias de São Paulo desde a década de 1960. Às 16h, a banda Sandália de Prata apresentou seu novo disco, “Maloqueiro e Elegante”. O encerramento ficou com a cantora Paula Lima, às 18h. Com foco no samba-rock, o repertório apresentou canções como “Mil estrelas” e “Meu guarda-chuva”.

Ainda na Zona Oeste, no Centro Cultural Tendal da Lapa, o cantor Marcelo Jeneci apresentou seu novo disco, “Guaia”, voltando às origens ao homenagear o bairro em que cresceu, Guaianazes. Para apresentar o terceiro álbum, Marcelo Jeneci (voz, sanfona e teclados) subiu no palco acompanhado por Rafa Cunha (bateria e samplers). No repertório, seus maiores sucessos e as novas canções “Aí Sim”, “Oxente” e “Redenção”, entre outras.

O samba dá o tom da programação do M’Boi Mirim, na Zona Sul. A programação começou com a Equipe Black Mad, grupo fundado por Mauricio Black Mad e que trouxe uma apresentação de dança e música em ritmos como soul music e funk. Na sequência, foi a vez de Rodriguinho, ex-vocalista do grupo Travessos, que apresentou a turnê “30 anos, 30 sucessos”. Neste show, ele relembrou canções que fizeram sucesso no grupo como “Tô te filmando (Sorria)” e “Quando a gente ama”. Quem encerrou as apresentações neste palco é o grupo de samba Art Popular. Músicas como “Pimpolho” e “Fricote” estiveram no repertório.

 mais de trinta pessoas na foto, no palco, a banda Skank.

área reservada para pessoas com deficiência. Mais de vinte pessoas na foto.

Cantor Ney Matogrosso no palco ao lado do intérprete de libras.