"Mulher, se toque" alerta para a importância da prevenção do câncer de mama

Nesta segunda-feira, dia 12, a Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Prefeitura de São Paulo, em parceria com o Banco Santander Banespa, promoveu o seminário “Mulher, se toque!”, um dia de palestras que enfocaram a prevenção do câncer de mama, qualidade de vida e saúde da mulher.

A iniciativa visou orientar as mulheres quanto à importância do auto exame e outros necessários à prevenção do câncer de mama, bem como difundir hábitos saudáveis como meio para melhorar a qualidade de vida da mulher.

A primeira dama da cidade de São Paulo, Mônica Serra, abriu o evento apresentando o trabalho feito pelo “Se Toque - Instituto de Desenvolvimento Social “, que tem a família como principal foco de trabalho, atuando por meio de parcerias entre a sociedade civil, a iniciativa privada e o governo. A agenda do Instituto inclui a criação de projetos diversos e a busca de soluções para problemas que envolvam mulheres, crianças, jovens e idosos.

Foi apresentado um vídeo sobre o Instituto e outro da campanha Colar da Vida - um colar de pérolas que simboliza a beleza que sobrevive ao tempo. O Colar da Vida é para lembrar as mulheres da importância de se tocar. O intuito da campanha é incluir a prevenção do câncer de mama no aprendizado relativo aos cuidados básicos com a saúde, fazendo com que se transforme num hábito. “ “A mensagem mais importante que queremos passar é que o câncer tem cura e a prevenção é muito importante”, declarou Mônica.

A Secretária Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Mara Gabrilli, deu um toque importante para as mulheres presentes. “Apesar da minha deficiência, adquirida depois de um acidente, sou uma pessoa saudável porque me exercito diariamente e cuido do meu corpo.

Como não me movimento do pescoço para baixo não posso me tocar, mas alguém pode fazer isso por mim. Então, gostaria de falar para as mulheres que têm condições não desperdiçarem a chance de se tocar”, concluiu Mara, lembrando ainda que os mamógrafos não são adaptados para uma cadeirante.

O Dr. Antonio De Giovanni Neto, ginecologista e cirurgião vídeo-laparoscopista, vice-diretor clínico do Hospital Nossa Senhora de Lourdes/Hospital da Criança e diretor clínico do Interlar Home Care, ressaltou que é importante quebrar o preconceito contra o câncer. “É precisa tirar os estigmas e mudar essa cultura que existe. A mulher precisa procurar ajuda”. Segundo ele, o ideal é que a mulher faça a primeira mamografia aos 35 anos. O exame detecta pequenos nódulos ou microcalcificações que não são palpáveis.

A melhor maneira da mulher fazer o auto-exame é deitada, pois essa posição facilita a percepção de um nódulo.

De Giovanni enfatizou também que a saúde do homem resulta de um equilíbrio mental e físico. Tensão, estresse e ansiedade são emoções que mais têm influência no início de várias doenças como câncer, diabetes etc. “Qualidade de vida também é saber controlar nossas emoções e atitudes. Para isso é preciso reconhecê-las”, concluiu.

José Montanaro Junior, atleta de vôlei da seleção brasileira que conquistou medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, também falou sobre qualidade de vida, que envolve saúde física, mental e emocional. Enfatizou a importância da prática de uma atividade física e de uma alimentação saudável para conquistar uma vida saudável. “Nosso corpo tem uma capacidade incrível de regeneração. Nossos ossos, a cada dois anos, praticamente se renovam, desde que tenhamos uma vida saudável”, disse Montanaro.

O Dr. Sérgio Mendes, médico da Área Técnica da Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde, apresentou um panorama da Saúde da Mulher na cidade de São Paulo. “o nosso município, devem contar com 6.500 novos casos de câncer de mama neste ano. Destes, 3 mil são diagnosticados e os outros 3.500 devem ficar sem o diagnóstico”, afirmou Mendes.

Dados da Secretaria de Saúde apontam que são realizadas pelo município 230.000 mamografias por mês. Em 4% dos exames é detectado câncer de mama. Outro dado aponta que 40% das mulheres diagnosticadas com câncer, já apresentam um estágio avançado da doença (nódulo com mais de 2cm). Para Mendes, o ideal é diagnosticar o tumor com menos de 1cm.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), na fase pré-clínica de neoplasia, de tumores detectados pela mamografia, as taxas de cura são de quase 100%. Segundo a entidade, essa deve ser a motivação maior para estimular as mulheres a fazer uma mamografia de rotina.

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais mata as mulheres. Para 2005, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) estima 49.470 novos diagnósticos em todo o País. Ou seja, uma média de 53 novos casos para cada grupo de 100 mil mulheres.

A SBM ainda aponta que, em termos de prevenção primária, devem ser lembradas, em primeiro lugar, as medidas mais simples, dietéticas e comportamentais a serem estimuladas, como evitar obesidade, sedentarismo, alimentos gordurosos e ingestão alcoólica em excesso.

Diana Bueno, superintendente de seguro de vida do Banco Banespa, encerrou o seminário, que teve o apoio do Instituto Se Toque, da Coordenadoria da Mulher, da Secretaria Especial de Participação e Parceria, e da Área Técnica da Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde.

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