Arte transforma rotina de pessoas com deficiência em Parelheiros

As oficinas são realizadas das 9h às 15h30 na sede da subprefeitura. O objetivo do Projeto Inclusão pela Arte (Pipa) é utilizar as diversas linguagens artísticas como agentes de reabilitação e inclusão social

fonte: Diário Oficial da Cidade de São Paulo

A Subprefeitura de Parelheiros, por intermédio da Coordenaria de Assistência Social e Desenvolvimento em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (Apae), promove, às quartas-feiras, oficinas culturais de música, teatro e artes plásticas para pessoas com deficiência, que têm ajudado a transformar a realidade dos participantes. As oficinas são realizadas das 9h às 15h30 na sede da subprefeitura. O objetivo do Projeto Inclusão pela Arte (Pipa) é utilizar as diversas linguagens artísticas como agentes de reabilitação e inclusão social.

O projeto é composto por dois educadores, dois estagiários em terapia ocupacional e uma voluntária. Além disso, todos os deficientes são acompanhados por uma assistente social da Subprefeitura.

As oficinas foram divididas em quatro núcleos específicos de atuação, sendo que a de artes plásticas é destinada ao desenvolvimento da coordenação motora por meio da utilização de materiais e técnicas de pintura, desenho e confecção de objetos. Na oficina corporal, a prática da dança com movimentos e expressões do corpo melhora a auto-estima e a convivência social. Já nas oficinas de teatro, a vivência cotidiana do grupo participante é usada na montagem de peças. Por fim, a oficina de música é uma forma alternativa de proporcionar a sensibilidade auditiva e trabalhar os aspectos de criatividade, espontaneidade e autoconhecimento.

As mães e mulheres que participam do Pipa fazem parte do grupo Novo Horizonte, formado há cinco anos para defender direitos e deveres de pessoas com deficiência. Uma das prioridades do projeto é fazer com que esse grupo se fortaleça e consiga ampliar os serviços oferecidos, desenvolvendo as oficinas na comunidade.

Para a moradora de Parelheiros Rosa Hipólito Rocha, que acompanha duas crianças no projeto, o Pipa é uma oportunidade única. “Participo desde o começo do projeto. Aqui conseguimos esquecer nossos problemas porque o tratamento que recebemos é muito especial”. Já para a mãe de um dos participantes, Ida Zambotti Francisco, o desenvolvimento das atividades é essencial, “as crianças ficam mais comunicativas e para nós, que somos mães, a distração é uma terapia”, comenta.

Logo no início dos encontros foram feitas capacitações sobre diferenças entre doenças e deficiências mentais e físicas para que educadores, professores, agentes comunitários de saúde e líderes de bairro pudessem identificar cada tipo de situação e criar um fluxo de informações com a população. Sebastião Miranda, do Núcleo de Artes Plásticas da Apae, diz acreditar na arte como elemento de transformação. “Através da arte é possível fortalecer essas pessoas, porque elas conseguem interagir com o mundo”.

A Subprefeitura é responsável pelas despesas de transporte, alimentação, materiais utilizados e a capacitação dos profissionais. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 5926-6500, ramal 6739.

 

Crédito foto: Adriana Telles