A Prefeitura de São Paulo começará a recuperar, em janeiro de 2012, o primeiro arranha-céu da cidade, o Edifício Sampaio Moreira localizado na Rua Líbero Badaró, região central. Remanescente de uma época muito antiga, foi erguido entre 1923 e 1927, com 12 andares e uma cobertura, o átrio. O prédio, em formato de pequenos escritórios sobrepostos, ganhou o nome de Sampaio Moreira em homenagem a seu proprietário.
Situado em uma região nobre da cidade, resistiu quando os palacetes do Conde Prates vieram abaixo substituídos por grandes edifícios sem graça e áridos. Mas em 1929 foi sobrepujado pelo Edifício Martinelli com 26 andares, uma imponente construção, com seu rosa mediterrâneo, vitrais e mármores italianos e lustres franceses.
Projetado pelo escritório de arquitetura Stockler das Neves, o Sampaio Moreira abriga até hoje a Casa Godinho, um mercado de secos e molhados ao velho estilo de São Paulo. Em 2010, o edifício foi desapropriado e sua fachada bem como sua área comum e a Casa Godinho tombados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Cultural.
Com a restauração, o 5º andar e a fachada permanecerão como eram originalmente. Os outros andares serão reformados e adaptados, sempre seguindo o padrão original, para receber as futuras instalações da Secretaria Municipal de Cultura.
Essa obra, no entanto, não irá contemplar a Casa Godinho. Com IPTU separado do restante do condomínio da casa de comércio não “pertence” ao edifício.
Quem assina o projeto de recuperação histórica do Sampaio Moreira é o escritório de arquitetura e engenharia Lopes/Kalil Engenharia e Comércio Ltda.
A licitação que deu origem à atual contratação foi baseada no projeto do escritório Kruchim Arquitetos.
No valor de R$ 14.450.866,96, a obra deve começar no início de 2012, com prazo de 18 meses para término.
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