Secretaria de Obras apresenta seis novos Cadernos de Drenagem

Ações propostas beneficiam mais de 2,3 milhões de paulistanos

Em uma metrópole dinâmica como São Paulo, o planejamento das ações do poder público é fundamental. Quando se trata de obras para o combate às enchentes, não poderia ser diferente. Assim, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), em parceria com a Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), da Universidade de São Paulo (USP), trabalha na elaboração dos Cadernos de Drenagem das bacias hidrográficas da cidade. Neste mês, a SIURB está publicando os cadernos das bacias dos córregos Vila Leopoldina, Sapateiro, Tremembé, Tiquatira, Itaquera e a segunda edição do caderno da bacia do Rio Aricanduva.

O Caderno de Drenagem é um importante instrumento de planejamento, que visa a redução dos alagamentos da cidade. É uma ferramenta de preparação da gestão, que trata com prioridade a questão da drenagem urbana. Os estudos convergem as intervenções em andamento nas bacias hidrográficas com as novas propostas para o controle de cheias. Ao todo, desde 2017, a SIURB já realizou a publicação de 17 Cadernos de Drenagem. Em breve, outros sete cadernos serão disponibilizados ao público (Aclimação, Água Vermelha e Lajeado, Belini e Corujas, Cordeiro, Guavitituba e Itupu, Ipiranga, e Mooca).

Entre os novos cadernos publicados, dois pontos merecem atenção especial (Córrego Sapateiro e segunda edição do Aricanduva). Os estudos do Córrego do Sapateiro contemplaram o alteamento dos lagos do Parque Ibirapuera, otimizando o abatimento das cheias já exercido por eles (desde a Av. República do Líbano até a foz no Rio Pinheiros); o reservatório da Rua Dr. Mario Cardim (com abertura de um trecho do córrego, que terá função de área de lazer em períodos sem chuva); e ainda a Rota Rememorativa do Córrego Sapateiro, um conjunto de intervenções integradas ao percurso do córrego que permite a convivência e contato com as águas. A Rota Rememorativa contemplará a revitalização da nascente na Praça Arquimedes da Silva, dois trechos de abertura do córrego e grelhas para visualização do canal no subsolo.

Já a segunda edição do Caderno de Drenagem do Rio Aricanduva traz as alterações previstas, ao longo do curso d’água, pelo projeto do corredor de ônibus BRT Aricanduva, que terá sua licitação de obra publicada ainda em 2022. Foram incorporadas também as obras recentemente implantadas nessa bacia, a saber: reservatório Taboão e polderes R3, R7 e R8.

Além das obras convencionais de macrodrenagem, como reservatórios, alteamento de pontes, canalizações e galerias, os novos Cadernos de Drenagem trazem intervenções focadas na governança ambiental e social (ESG). Podemos citar ações como parques lineares, áreas verdes inundáveis, lagos com retenção de cheia e as medidas de controle na fonte como os jardins de chuva, biovaleta, telhado verde e pisos permeáveis.

Cadernos de Drenagem em números

Estima-se que as ações propostas nos seis novos Cadernos de Drenagem irão beneficiar cerca de 2,3 milhões de pessoas. Em termos de investimentos, segundo as projeções da SIURB, até R$ 3,7 bilhões deverão ser aplicados em obras para aprimorar o funcionamento do sistema de drenagem da cidade. A expectativa é que, com a execução das obras apresentadas nos novos cadernos, a Prefeitura de São Paulo possa reduzir em até 1,2 Km² a mancha de alagamento da cidade. Somando-se os 17 cadernos, temos um total de 454 km² de bacias hidrográficas mapeadas dentro do município de São Paulo, aproximadamente 6 milhões de pessoas beneficiadas e um investimento estimado em R$ 11,6 bilhões em obras de drenagem.

De: Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras
30/11/2022