SPObras assina ordem de serviço para canalização dos córregos Sumaré e Água Preta

O diretor de Desenvolvimento de Projetos de SPObras assinou, em 25 de julho, a ordem de serviço para dar início às obras de canalização dos córregos Água Preta e Sumaré. A assinatura encerra a etapa do licenciamento ambiental com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e traz aos moradores da Zona Oeste uma notícia há muito aguardada, especialmente nos bairros Perdizes, Pompeia e Água Branca, que há anos sofrem com as cheias cíclicas na região.

São obras importantes, previstas na Operação Urbana Água Branca, que vão resolver os problemas das inundações causadas pela deficiência de vazão das águas das redes e galerias existentes na região. Esse fenômeno cíclico de inundações, natural devido à proximidade dos bairros com a várzea do Rio Tietê, foram ao longo de décadas agravados pelo desmatamento, pela impermeabilização excessiva do solo e pelas ocupações humanas inadequadas, fatores que prejudicam o escoamento das águas.

O projeto elaborado para a canalização dos dois córregos já havia sido apresentado aos moradores da região no dia 3 de julho, em audiência pública realizada na Subprefeitura Lapa, que teve a presença dos representantes do Departamento de Controle da Qualidade Ambiental - DECONT, da imprensa local, da empresa Geosonda, do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - CADES, da associação Amigos da Pompéia e moradores. Após a apresentação, técnicos de SPObras debateram as questões colocadas pela comunidade, levando esclarecimentos a dúvidas das mais variadas, desde aquelas sobre a competência do projeto de engenharia aos prazos e áreas desapropriadas.

Com as obras de canalização, a vazão das duas galerias terá capacidade máxima de 75 m³ por segundo, substancialmente maior que as vazões anteriores: a capacidade máxima de vazão do córrego Água Preta era de 13 m³ / segundo e a do córrego Sumaré era de 24 m³/segundo. O projeto traz a segurança de trabalhar com vazão suficiente para a maior enchente possível.
Com a assinatura da Ordem de Serviço, as obras de canalização terão início imediato. Isso significa também melhora no quesito mobilidade urbana, mas, especialmente, bem-estar para os moradores e para quem circula pela região. O prazo de execução da obra é de 33 meses e o valor estimado é de R$ 143 milhões.

O que será implantado:

Para o córrego Água Preta: Iniciando-se no rio Tietê, a jusante da ponte Julio de Mesquita Neto, com seção hidráulica 2x(3,40x3,40m) segue pela Av. Nicolas Bôer passando sob as linhas da CPTM; segue pela Av. Pompéia com seção hidráulica 2x(3,00x3,20m) até a rua Venâncio Aires; pela rua Venâncio Aires com seção hidráulica 2x(2,60x3,20m) segue até rua Barão do Bananal; continua pela rua Venâncio Aires com seção hidráulica 2x(2,50x3,00m), passando por viela até encontro com a rua Dr. Augusto de Miranda; segue pela rua Dr. Augusto de Miranda com seção 2x(2,30x3,00m) até próximo à rua Desembargador do Vale; a partir desse ponto segue em túnel com seção hidráulica 4,60x3,95m até rua Prof. Rocca Dordal e, a partir daí, segue pela rua Prof. Rocca Dordal com seção hidráulica 3,40x3,40m até encontrar a galeria existente na Trav. Prof. Roque Adóglio.

Ao longo de todo esse caminhamento serão implantados sistemas de captações através de redes de microdrenagem com bocas de lobo e grandes grelhas nos locais mais críticos, a saber: 4 grelhas ao longo da Av. Pompéia entre a Av. Francisco Matarazzo e rua Venâncio Aires e mais 6 grelhas no trecho à montante da rua Venâncio Aires até a travessa Roque Adóglio.

Para o córrego Sumaré: Iniciando-se no rio Tietê, a montante da ponte Julio de Mesquita Neto, com seção hidráulica 2x(3,20x3,20m) segue pela Av. Nicolas Bôer, rua Gustav Willy Borghoff, passando sob as linhas da CPTM na altura da saída da Av. Auro Soares de Moura Andrade; atravessa em túnel a Av. Francisco Matarazzo seguindo pela rua Padre Antonio Tomas em seção hidráulica 4,90x3,95m até a Av. Antártica; segue pela Av. Antártica até a Praça Marrey Junior com seção hidráulica 2x(2,50x3,00m); deste ponto segue pela Av. Sumaré até encontrar a galeria existente na altura da rua Apiacás, com seção hidráulica 3,40x3,20m.

Também neste caso, ao longo de todo esse caminhamento será implantado sistemas de captação através de redes de microdrenagem com bocas de lobo e grandes grelhas nos locais mais críticos, a saber: duas junto à Praça Marrey Junior e cinco ao longo da Av. Sumaré até a Rua Apiacás.

 

 

Assessoria de Comunicação
SPOBRAS – 02/08/2013