A palavra sucesso descreve bem os eventos ocorridos na capela do cemitério Consolação, dentro da programação da Virada Cultural.

O frio não afastou o público da programação elaborada para o Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP).

Os eventos iniciaram-se às 19hs com a apresentação teatral da peça “Para Gelar a Alma”. Além das pessoas que se inscreveram antecipadamente para assistir o espetáculo, uma grande fila se formou por pessoas que aguardavam a desistência dos inscritos.

As 22hs entrou em cena a cantora Dani Mattos e o grupo Toque de Bambas que, além de um repertório rico que entusiasmou a plateia que lotava a capela, homenageou o compositor Paulo Vanzolini, que está sepultado no cemitério Consolação, com canções de sua autoria, como “Ronda”, “Volta por cima” e “Na boca da noite”.

Já no dia 21, na madrugada de domingo, iniciaram-se as apresentações dos corais. Essa foi a primeira edição da Virada que incluiu os grandes corais da cidade na programação, como Virada Coral.

Na capela do Consolação, o primeiro coral a se apresentar foi o Paulistano “Mario de Andrade” sob a regência do Maestro Martinho Lutero Galati, que se mostrou surpreso com o número de pessoas que aguardavam pela apresentação, “é muito gratificante para mim e para todo o coral encontrar um público caloroso como esse” afirmou o maestro.

A apresentação musical teve início no tumulo do escritor Mario de Andrade. O público, já animado, deslumbrou-se ainda mais com a aparição do ator Pascoal da Conceição, que personificou Mário de Andrade, declamando poemas. Depois, o coral retornou á capela para continuar sua apresentação.

No intervalo das apresentações, o público aproveitava para fazer um passeio noturno pelo cemitério que permaneceu com seus portões abertos. Para o estudante Marcos Almeida, 23, “o cemitério podia abrir mais os seus portões durante a noite para a visitação do público, muita gente tem interesse e essa movimentação toda mostra isso”, já para a estudante Aline Kilmer, 21, “podia ser estudado uma visita guiada noturna como a que já existe durante o dia, que com certeza teria muita procura”.

O ator Pascoal da Conceição também estava entusiasmado, “fica aqui minha grande admiração por esse grande trabalho cultural que vem sendo realizado no cemitério. Fico emocionado com a qualidade humana desse trabalho, isso é um exemplo, uma postura rara de humanidade”, elogiou o ator.

Além do coral Mario de Andrade também se apresentaram os corais Luther King, sob a regência do maestro Martinho Lutero, Quintaeucanto, sob a regência de Vanessa Nunes, Trato no Tom, sob a regência de Valter Satomi e o coral “Cuca”, da PUC sob a regência de Renato Teixeira Lopes.