As baratas são insetos abundantes nas áreas urbanas. A espécie mais comum é a barata de esgoto (Periplaneta americana), que vive de 2 a 3 anos e são muito ativas à noite, quando deixam seus abrigos à procura de alimentos.

Esses insetos possuem hábitos alimentares bastante variados, preferindo àqueles ricos em amido, açúcar ou gordurosos. Podem alimentar-se também de celulose, como papéis ou, ainda, excrementos, sangue, insetos mortos, resíduos de lixo ou esgoto. Por terem uma alimentação diversificada têm papel vital como decompositoras de restos orgânicos, desempenhando papel fundamental na cadeia alimentar e no processo de reciclagem de nutrientes, já que são responsáveis pela fragmentação da matéria orgânica existente nas sepulturas, promovendo um aumento da disponibilidade de recursos para os microorganismos saprófitos que são os agentes da atividade bioquímica envolvidos na decomposição dos corpos.

A presença destes insetos se dá pela proximidade entre as áreas de sepultamento e as salas dos velórios, além dos bueiros das ruas próximas e são, frequentemente, motivos de reclamação dos usuários dos velórios.
Levando-se em conta o desconforto que estes insetos causam ao circular no meio das pessoas, este SFMSP, desde janeiro passado, estabeleceu contato com técnicos do Centro de Proteção Ambiental do Instituto Biológico para elaboração de um projeto piloto, já em andamento, que definirá um protocolo de controle e aplicação.

A finalização do projeto norteará o uso e critérios para aplicação de produtos eficientes para inibição da proliferação desses insetos nas dependências das salas de velórios, trazendo tranquilidade para os munícipes e sem causar desequilíbrio ecológico.