Cães de guarda auxiliam a GCM na inibição de furtos em cemitérios

Desde o início desta gestão, o Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP) orientou os administradores dos cemitérios para que registrassem boletim de ocorrência de todos os furtos ocorridos dentro das necrópoles municipais, visando subsidiar os órgãos de segurança pública em seu trabalho investigativo, a fim de se chegar aos receptadores desse material, aqueles que realmente lucram com esse tipo de ação criminosa.
Em ação conjunta com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), a segurança foi intensificada em todos os cemitérios e os resultados são inúmeras peças recuperadas, fruto das operações conjuntas com o Departamento de Fiscalização e Segurança desta autarquia.
Desde dezembro, entretanto, as autoridades policiais têm se recusado a registrar as ocorrências quando feitas pelo administrador, solicitando a presença do próprio concessionário. Da mesma forma, os ladrões presos nas operações efetuadas e levados às delegacias são liberados após o registro da ocorrência, sob a alegação de não configurar flagrante. Com isso, aumenta-se o risco de novos furtos, pois, além de os ladrões não serem punidos, os receptadores não são denunciados e investigados.
Esse circulo de insegurança e violação instaurado nas necrópoles e difícil de ser controlado somente por ações já efetivadas, como mais rondas fixas da GCM com efetivo maior, reposição de iluminação nos postes, que há anos estavam desativados, câmeras de segurança instaladas em locais estratégicos, culminou com o projeto piloto de colocar cães de guarda treinados para auxiliar na fiscalização.
Os seis cães colocados em janeiro no cemitério Consolação, necrópole mais visada pelos ladrões, já se configurou como tática exitosa após curto espaço de tempo, pois não ocorreram furtos no período.
Entenda o sistema de segurança por cães
Durante o dia, os seis cães são mantidos em locais construídos provisoriamente para abrigá-los, durante o período de experiência, onde são alimentados e acompanhados por um adestrador, contratado pela empresa de segurança que aceitou a proposta deste Serviço Funerário em testar o sistema.
Após as 18 horas, horário de fechamento da necrópole, os cães são levados, um a um, para os muros onde são mantidos por cabeamento de 20 metros, ficando em trabalho de vigilância até as 6 horas, horário em que são recolhidos e levados para o canil provisório. Nas proximidades dos muros também foram construídos abrigos individuais, sendo que, diariamente, os cães são alternados nos locais de vigilância. Os cães são treinados para imobilizar os invasores e a finalidade é ajudar o trabalho dos guardas municipais, cobrindo com eficiência os mais de 75 mil metros de área do cemitério. Há também 5 câmeras instaladas em pontos vulneráveis do cemitério para facilitar a vigilância do local.
Com o êxito da iniciativa, o projeto será ampliado para os cemitérios Araçá, São Paulo e Quarta Parada.