Costumes e rituais funerários na antigüidade

Foram os objetos colocados nas cavernas e túmulos que possibilitaram o conhecimento dos usos e costumes dos povos antigos. Desde a antiguidade, as civilizações praticam rituais em homenagem aos mortos.

Os povos antigos acreditavam que os mortos habitariam outras dimensões e por isso colocavam, junto deles,  os objetos  que  mais gostavam, inclusive depositando sobre o túmulo comida e bebida.

Pré-história
O homem pré-histórico deveria ter notado que os corpos deixados ao ar livre eram mais facilmente destrutíveis pela ação dos abutres e das bactérias. Sobrava o esqueleto que era destruído pelos agentes atmosféricos. Entretanto, o corpo deixado no interior de uma gruta seguia um processo de decomposição bem diferente. Depois da decomposição da carne o esqueleto impregnava-se de carbonato de cálcio até petrificar-se. Assim o homem pré-histórico descobriu que não existia nada melhor que as grutas naturais para a preservação do corpo. Daí a grande quantidade de ossadas humanas encontradas em grutas funerárias, o que contribuiu para o avanço da Arqueologia.

Assíria
Há longos anos floresceram na Ásia duas grandes e poderosas civilizações rivais: a Babilônia e a Assíria, cuja capital era Nínive. Na Assíria, governada por déspotas, o povo idolatrava a guerra e o extermínio de seus inimigos com requintes de crueldade. Desse sentimento de impetuosidade, de violência procede toda a temática da arte assíria. Não utilizavam pedras, construíam com tijolos de argila, secos ao sol, o adobe. Daí a pouca solidez de seus edifícios. A escultura assíria marcava as vitórias e a grandeza de seu monarcas. Suas esculturas eram trabalhadas em alabastros (o mármore não era conhecido) esculpidas em tijolos esmaltados.

Egito
De todos os povos da antigüidade, os egípcios eram os que mais veneravam os seus mortos. Os antigos túmulos egípcios tinham o formato de pirâmide. A parte reservada ao sarcófago era uma peça ampla, uma sala mobiliada onde colocavam-se armas, carro de guerra (se o morto era guerreiro), livros, jóias, esculturas e comida. As entradas eram obstruídas e pessoas vivas ficavam ali presas para tomar conta do faraó, para quem era construída a pirâmide. Acreditavam que a alma ia ao encontro de Osíris, por isso, o corpo precisava ser preservado. Aprenderam, assim, a arte de embalsamar, transformando o corpo em múmia.  Para a arte usavam o arenito vermelho, a pedra calcária, o xisto, a madeira, o bronze, o vidro opaco, o granito vermelho, o quartzo, a terracota, o arenito rosa, de 2400 a 2900 a.C., e o basalto negro.

China
Na China, a cremação tornou-se costume, embasada nas crenças religiosas. Maioria Budista, acredita que o fogo regenera e prepara para a próxima encarnação.

Grécia e Roma
Entre os gregos e romanos as cerimônias aos mortos não se limitavam ao enterro, mas se perpetuavam entre os  cuidados familiares  ao túmulo de seus antepassados, levando-lhes refeições fúnebres. Em reconhecimento, essas almas tornavam-se divindades que protegiam seus descendentes. Os túmulos eram os templos dessas divindades.

O terreno onde repousavam os mortos se tornava propriedade perpétua para cada família. Uma curiosidade: os túmulos eram ornados internamente com motivos alegres, pois os mortos não poderiam se juntar aos antepassados se tivessem pensamento tristes.

O mármore começa a ser utilizado na feitura das esculturas. Nas escurecidas ânforas de argila, taças e vasos de bronze são mostradas cenas da vida cotidiana.