Secretaria de Obras apresenta projeto que prevê a implementação de energia solar no CEU Butantã

Objetivo é replicar o sistema em outros prédios públicos. Economia de energia pode chegar a 96%

A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) apresentou nesta segunda-feira (29), o projeto implantação, no CEU Butantã (Zona Oeste), de uma usina fotovoltaica, sistema capaz de produzir eletricidade através da luz solar. O estudo é resultado do concurso Engenheiro Mario Covas, promovido pela SIURB em parceria com a Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE). O projeto visa tornar prédios públicos mais eficientes energeticamente, começando pelo CEU Butantã.

O programa também contou com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME), que garantiu total acesso às instalações do CEU Butantã, para que alunos e professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), juntamente com os técnicos da SIURB, desenvolvessem o projeto piloto que servirá de referência para a contratação do projeto executivo. A intenção é, futuramente, levar o sistema em prédios públicos que atendam aos requisitos necessários, como a presença de áreas disponíveis e que não tenham sombra.

Estimada em R$ 1,3 milhão, a implementação da usina fotovoltaica representará uma economia de 96% na conta de luz do CEU Butantã. Após a instalação, o equipamento estará habilitado a gerar energia por 25 anos, com retorno financeiro a partir da metade do sexto ano. Apesar de se tratar de um sistema complementar à rede elétrica existente, a usina fotovoltaica trabalha no formato de autoconsumo remoto, ou seja, além do uso da energia gerada, também é possível armazená-la em forma de crédito, e até compartilhar a energia com prédios próximos que possuam a mesma tecnologia.

Os benefícios vão além das questões econômicas. O uso da usina fotovoltaica atende aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da agenda 2030 da ONU. O consumo de energia renovável fomenta a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento social. Durante a sua vida útil, a usina fotovoltaica evitaria a emissão de 270 toneladas de gás carbônico, o equivalente ao plantio de 6 mil árvores, além de diminuir a dependência da energia de fonte hídrica, gerando, assim, o racionamento de recursos naturais.

O estudo foi apresentado para a Diretoria Regional de Educação (DRE) do Butantã e está em fase de avaliação. A previsão é que depois de aprovado, o programa seja executado em até 18 meses. O projeto está disponível na SIURB para que as secretarias interessadas possam aderir ao uso da usina em suas instalações.

Energia solar

Em suas obras, a SIURB já utiliza sistemas energicamente sustentáveis. A instalação de placas solares (para aquecimento) e módulos fotovoltaicos (para geração de eletricidade), estão previstas na Ata de Registro de Preços da Secretaria bem como em seus projetos padrão. Prédios erguidos pela Secretaria, como as novas unidades educacionais, já contam com os equipamentos de microgeração em suas instalações. Contudo, a nova usina fotovoltaica proposta, contempla a implementação da tecnologia em prédios de grande porte e com maior consumo de energia.

Prêmio Engenheiro Mario Covas

Realizado pela SIURB, em parceria com a Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE), o desafio propõe que universidades de engenharia apresentem propostas para ajudar a solucionar os desafios de infraestrutura enfrentados pela Cidade de São Paulo. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) foi o grande vencedor, com o projeto da usina fotovoltaica.


Perspectiva ilustrada da implantação da usina fotovoltáica no CEU Butantã

 

Assessoria de Comunicação - SIURB