Prefeitura lança publicação sobre obras prioritárias para o sistema de drenagem da cidade

As ações, que representam um investimento de R$ 4,6 bilhões, fazem parte do Plano Diretor de Drenagem do Município. Estudos e projetos terão início ainda em 2022

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), lançou nesta quinta-feira (25) as ações prioritárias do Plano Diretor de Drenagem do Município de São Paulo. A iniciativa conta com a colaboração da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), da Universidade de São Paulo (USP).

O Plano de Ações reúne 56 obras de drenagem propostas nos Cadernos de Bacias Hidrográficas (CBH) já publicados pela Secretaria. São eles: Água Espraiada, Cabuçu de Baixo, Jacu, Jaguaré, Mandaqui, Morro do S, Verde-Pinheiros, Uberaba, Pirajuçara, Aricanduva, Anhangabaú, Água Preta e Sumaré. Também foram contemplados os dados presentes nos cadernos que serão publicados este ano (Tiquatira, Vila Leopoldina-Ceagesp, Tremembé, Itaquera, Sapateiro, Cordeiro, Ipiranga, Água Vermelha -Lageado).

Um dos pontos de destaque do Plano de Ações é o sistema de hierarquização de projetos e propostas existentes para a drenagem de águas pluviais. O sistema permite alocar os recursos disponíveis de forma mais eficiente, maximizando os benefícios gerados aos paulistanos. O plano cumpre a função de ser uma ferramenta para programação e elaboração de um cronograma de obras, além de fornecer suporte à decisão de priorizar determinada intervenção, e postergar a execução de outras.

A hierarquização das obras é feita aplicando-se as ferramentas de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance) com base em premissas técnicas, diminuindo, assim, a aplicação de critérios subjetivos. As 56 intervenções foram selecionadas a partir da análise dos seguintes aspectos: Construtivo, econômico, social, ambiental, danos evitados, repercussão da intervenção, vulnerabilidade técnica e impactos na infraestrutura urbana. É importante destacar que, durante o desenvolvimento dos trabalhos, cada aspecto técnico recebeu um peso diferente, conforme seu grau de relevância.

Além das obras convencionais de macrodrenagem, como reservatórios, alteamento de pontes, canalizações e galerias, destacam-se as intervenções focadas no meio-ambiente. Neste aspecto, o Plano de Ações contempla revitalizações e aberturas de córregos, bacia de sedimentações, lâmina de retenção, controle de poluição difusa com fitorremediação (controle de poluição por meio de plantas), biovaletas, terraceamento, poços de infiltração e canteiros pluviais.

O Plano de Ações em números

As 56 obras que fazem parte do Plano de Ações contam com um investimento estimado de R$ 4,6 bilhões, já incluídas as desapropriações, estudos e as compensações ambientais. Os estudos e projetos para início das obras elencadas começam a ser desenvolvidos já neste ano. A previsão para conclusão das intervenções é 2036.
As ações prioritárias representam uma redução de 4,6 Km² na mancha de alagamento da cidade, e uma capacidade de reservação de mais de 4 milhões de m³ de água. Estima-se que, com as obras selecionadas, a Prefeitura implante mais 13 mil metros de novas canalizações no município.

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