Exposição Fotográfica: “Montes Verdes e o Segredo da Multidão”

Descrição

A Fotógrafa Manu Oristanio apresenta uma exposição composta por 20 fotos, sendo abordados dois temas: o primeiro “Montes Verdes” e o segundo “O Segredo da Multidão”, ambos com 10 fotos cada. Serão apresentadas 16 fotos em tamanho 25x15 cm e 04 fotos em tamanho 30X40 cm, todas em papel fotográfico fosco.

Montes Verdes

O verde presente nas fotos tem papel de destaque. O ensaio une as fotos através da cor e presença de elemento da natureza. Os registros foram feitos em diversos momentos: desde editoriais de horta urbana a técnicas experimentais de panning (efeito da imagem em movimento).
As texturas possibilitam a profundidade nas imagens e a sensação de frescor. Diferente do ensaio “O segredo da multidão”, “Montes verdes” não tem embasamento teórico e sim direcionamento estético em torno da paleta de cor e assunto/sensação que a fotografia traz consigo.

O Segredo da Multidão

 Ao pensar no metrô/trem, como um espaço que desperta curiosidade pelo próximo, que conduz a uma maneira de agir e ao juntar este espaço social com a forma como se vê o outro pelo vidro da janela, definiu-se o foco da minha Etnografia visual.
A forma como se olha e a idéia que se tem da cidade é dependente das nossas experiências, vínculos e relações com as coisas, pessoas, lugares e não-lugares (Marc-Augé). Ou seja, a representação mental que cada indivíduo cria da cidade é estabelecida pela junção de fatores individuais e coletivos, sociais, culturais e políticos.
O contato com a multidão no metrô, que é símbolo da supermodernidade e um ambiente de passagem, não cria nem relação histórica, nem identitária, nem relacional, o que faz desse meio um não-lugar. Sendo assim, é evidente na sociedade um código de conduta pré-estabelecido que direciona nossas atitudes e comportamentos em determinados ambientes, como no caso o metrô/trem.
O projeto fotográfico consiste em captar essa representação do eu (Erving Goffman), que dentro do vagão, paralisa o exercício do olhar e nos conduz a uma consciência individual seja por meio do livro, do celular, ou do não-olhar.
Trata-se da codificação do olhar num espaço temporário, que é o metrô/trem, e de que forma se dá essa estratégia de despessoalização como expressão de sociabilidade.

Expositora

Manu Oristanio – Paulistana formada em Ciências Sociais, fotografa profissionalmente desde 2008. Colabora nos principais veículos de design e decoração do país, apaixonada pelo olhar, a fotografia é sua escolha e seu jeito de olhar a vida. Acredita em unir o olhar e a mente, além de retratar uma movimentação e tendência social. Entre 2015 e 2016, participou do Projeto Sertões, série de expedições pelo Brasil que retrata a arte popular brasileira.

Coordenação

Ieda Varejão