Curso: O espaço público da cidade recriado
 

Descrição

O Curso busca estimular uma reflexão sobre a arte e sua inserção nos espaços coletivos e públicos. Entendida como memória coletiva, encontro festivo, ritual de autoconhecimento e engajamento social, a arte é o símbolo de expressão da cultura e da vida em comum.
Para isto, foi proposto um percurso com 6 (seis) encontros que mesclam momentos expositivos - com apresentação de conceitos sobre o “comum”, o público e arte urbana e paisagem, além de exemplos de ocupação artística em alguns territórios da cidade – e momentos em que a pessoa participante desenvolverá uma pequena proposta de intervenção artística numa determinada área de São Paulo (a ser escolhida por ela).

 

Conteúdo Programático

1º encontro - 14/10
Apresentação do Curso e dos facilitadores: experiências de Cristiana e Pedro e orientações sobre o Projeto Final (a ser apresentado na aula 5): um espaço público que receba das participantes intervenções artísticas em locais tais como Praça, Parque, muros, margem de rio, empena cega de edifício, entre outros. Serão apresentados exemplos de projetos e ações artísticas na cidade.

2º encontro - 21/10
Direito à Cidade: origens e instrumentos legais.
Partindo de um olhar histórico que se inicia na Revolução Industrial, passando pelo livro clássico “Direito à Cidade”, de Henry Lefebvre, e de aspectos urbanísticos na cidade de São Paulo, discutiremos a apropriação dos espaços públicos e de usos comuns.

3º encontro - 28/10
Arte pública e intervenções artísticas urbanas.
Conceituação de arte pública, intervenção artística, relações arte-cidade nos espaços públicos e nos imaginários de paisagens urbanas. Serão apresentados variados exemplos.

4º encontro - 04/11
Conversa sobre a proposta mais detalhada do Projeto Final: cada pessoa já deve trazer o espaço público selecionado junto com sua ideia preliminar de intervenção artística.
Apresentação das imagens selecionadas dos participantes para futura intervenção no espaço público: deixar sua mensagem de pertencimento à cidade.

5º encontro - 11/11
Apresentação dos Projetos de cada participante, roda de conversa e devolutiva dos facilitadores.

6º encontro - 18/10
Curadoria coletiva dos trabalhos para documentação em acervo da UMAPAZ: como serão organizados e registrados (projetos e propostas).

Bibliografia básica adotada

AMARAL, Aracy. A Arte Pública em São Paulo In: MIRANDA, Danilo S. (org.) Arte Pública. São Pau-lo, SESC SP, 1998, p. 46-53.
ARCHER, Michael. Arte Contemporânea: Uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2001;
AUGÉ, Marc. Não Lugares. Introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papi-rus, 1994;
BASSANI, Jorge. As linguagens artísticas e a cidade. Cultura urbana do século XX. São Paulo: For-mARTE, 2003;
BONDUKI, Nabil. A luta pela reforma urbana. Do Seminário de Reforma Urbana ao Plano Dire-tor de São Paulo. São Paulo. Instituto da Cidade, 2017;

BONDUKI, Nabil & KOURY, Ana Paula. Os pioneiros da habitação social. Volume 1, São Paulo, Edi-ções Sesc, 2014;

CRISTINA, Silvana, artigo Cidade e Utopia, 2011;

ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2008;
FERREIRA, Glória. Land art: paisagem como meio da obra de arte. In: SALGUEIRO, Heliana Angotti. Paisagem e Arte: a invenção da natureza, a evolução do olhar. São Paulo: CNPq/FAPESP/CBHA, 1999 - 2000.
______; COTRIM, Cecília. Escritos dos artistas: Anos 60/70. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2006;
HALL, Peter, Cidades do Amanhã. São Paulo, Editora Perspectiva, 2007 (1a edição, 1988);
HARVEY, David. Cidades Rebeldes. Martins Fontes, São Paulo, 2014;
INSTITUTO PÓLIS: Plano Diretor, participar é um direito! https://www.polis.org.br/uploads/959/959.pdf; s/d;
ISAAC, Cristiana Bernardi. Arte e paisagem: estudo de obras contemporâneas brasileiras. Disser-tação de Mestrado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/ FAU-USP
https://teses.usp.br/teses/disponiveis///16/16136/tde-13082013-165109/pt-br.php
____________________. Krajcberg e Oiticica: Precursores da Arte na Paisagem no Brasil. Revista Paisagem nº31. Ano 2013.
https://www.revistas.usp.br/paam/article/view/78139
KASTNER, Jeffrey; WALLIS, Brian. Land and Environmental Art. Londres: Phaidon Press, 1998.
KRAUSS, Rosalind E. Caminhos da escultura moderna. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. Texto original de 1977.
______. A Escultura no campo ampliado. Tradução Elizabeth Carbone Baez. Revista Gávea, Rio de Janeiro, n. 1, p. 87-93, 1984. Original: Sculpture in The Expanded Field In: The Anti-Aesthetic: Es-says on PostModern Culture. Washington: Bay Press, 1979;
LEITE, Maria Angela Faggin Pereira. Destruição ou Desconstrução? Questões da paisagem e ten-dências de regionalização. São Paulo: Hucitec, 2006;
______. As Tramas da Segregação: Privatização do Espaço Público. Tese de Livre-Docência FAU-USP, São Paulo, 1998;

LEVEBVRE, Henry. O Direto à Cidade. São Paulo, Centauro Editora, 2001;
PALLAMIN, Vera M. Arte Urbana: Aspectos Contemporâneos. Revista Sinopses, São Paulo, n. 22, dez. 1994, p. 24-32.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, SMDU, GESTÃO URBANA: https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/plano-diretor/arquivos/;
SMITHSON, Robert. Um passeio pelos monumentos de Passaic, Nova Jersey. In: FARIAS, Agnaldo. Robert Smithson: o artista como viajante. Revista Espaço e Debates, São Paulo, v.23, jan/dez, p 120-128, 2003;
TUAN, Yi-fu. Topofilia: Um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1980;
TUFNELL, Ben. Land Art. London: Tate Publishing, 2006;
VALLADARES, Licia. A gênese da favela carioca. A produção anterior às ciências sociais. IN: RE-VISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - VOL. 15 No 44, 2000;
VILLAÇA, Flávio. Espaço intra-urbano no Brasil, Studio Nobel, São Paulo; 1ª edição, 2001.
Catálogos:
CHAIMOVICH, Felipe. ECO lógica: Catálogo, São Paulo: MAM-SP. 2010.

 

Facilitação

Cristiana Bernardi
Arquiteta e urbanista. Artista plástica. Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela USP, com ênfase na pesquisa sobre Arte e Paisagem. Professora de Arte, Projeto e Paisagismo. Servidora Municipal em PMSP, desde 2012. Atualmente é facilitadora e coordenadora de cursos e exposições em Educação Ambiental e Cultura de Paz na UMAPAZ.

Pedro Smith
Arquiteto e Urbanista com Especialização (Curso Habitação e Cidade, da Escola da Cidade) e Mestrado (Universidade Mackenzie). Atuou na Secretaria Municipal de Habitação do município de SP (SEHAB) com urbanização de favelas e também na Secretaria Municipal de Cultura (SMC) no Departamento Cidadania Cultural, responsável pelo fomento cultural à periferia. Atu-almente é docente na UMAPAZ.

 

Coordenação

Cristiana Bernardi e Pedro Smith