São Paulo trabalha para que compromissos realizados na Cúpula de Líderes sobre o Clima se tornem realidade

Aquecimento global abaixo de 1,5ºC e diminuição da emissão de gás carbônico fazem parte dos objetivos para mudanças no clima

Desde 2019, a Prefeitura de São Paulo instituiu um GTI (Grupo de Trabalho Intersecretarial) responsável por viabilizar ações alinhadas com os compromissos do Acordo de Paris, que preveem a redução da emissão de gás carbônico em 45% até 2030 em relação ao nível de 2010, alcançando zero emissões em 2050. Dentro dessa proposta, o aquecimento global não pode ter um aumento superior a 1,5ºC ao final do século XXI.
A cooperação para preservação do meio-ambiente e da qualidade de vida esteve em discussão na segunda quinzena de abril em um evento organizado pelo novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que contou com a participação de cerca de 40 líderes mundiais, inclusive do governo brasileiro.
Para Biden, a preocupação com a mudança climática fortalecerá a economia na geração de empregos, com a modernização da infraestrutura e o investimento em inovação gerando mais oportunidades em todo o planeta.
“O desafio de todos é enorme e o mundo em recuperação da pandemia é mais uma chance em se tornar sustentável”, de acordo com o secretário-geral da ONU, António Guterres. O português chefe da Organização das Nações Unidas afirmou também no evento que as mudanças climáticas provocadas pelo homem na natureza podem aumentar a transmissão de doenças infecciosas de animais para humanos, já que 75% desse contágio vem de bichos, mostrando as relações entre a saúde de todo o ecossistema.
Apesar dos esforços, a biodiversidade está se deteriorando em taxas sem precedentes na história da humanidade. Estima-se que cerca de 1 milhão de espécies animais e vegetais estão ameaçadas de extinção.

São Paulo
Em 2009, a lei 14.933 instituiu a Política de Mudança do Clima na capital paulista, com o objetivo de estabilizar concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que impeça uma interferência perigosa resultante de ação do homem no sistema climático, em prazo suficiente a permitir aos ecossistemas uma adaptação natural à mudança do clima e a assegurar que a produção de alimentos não seja ameaçada, além de permitir que o desenvolvimento econômico ocorra de maneira sustentável.
Em abril de 2019 foi incluído o Plano de Ação Climática no Programa de Metas. Por meio da Portaria do Prefeito nº 509, de 24 de setembro de 2019, foi instituído um Grupo de Trabalho Intersecretarial (GTI) para viabilizar o Plano, desenvolvido em parceria com a rede internacional de cidades C40.
São três os componentes principais na atuação:
1. Mitigação de emissões, com entrega de uma cidade neutra em emissões até 2050.
2. Adaptação aos impactos do clima, com ações que amenizem tais impactos e que diminuam os riscos a eles relacionados.
3. Equidade, com a distribuição igualitária desses benefícios a toda a população.