Muitas espécies de aves possuem a capacidade de voar e podem percorrer distâncias significativas. Como forma de homenagear e promover a conscientização sobre a necessidade de conservação das aves migratórias e seus habitats, o Dia Mundial das Aves Migratórias é comemorado hoje, dia 8 de maio. A data também destaca as ameaças para essas espécies e a necessidade de aprender mais sobre as rotas migratórias.

O processo de migração das aves pode ser observado quando nota-se o movimento em massa de uma certa espécie em determinada época do ano. Como elas sabem para onde devem ir? Em geral, elas se localizam pelo campo magnético da Terra ou pela luminosidade da lua e das estrelas.

Por esse motivo, cidades com intensa iluminação noturna podem prejudicar o deslocamento dessas espécies e fazer com que alguns indivíduos se desorientem e até acabem colidindo com prédios e estruturas envidraçadas.

No Brasil, aves migratórias bem comuns de serem encontradas são o bem-te-vi-rajado e o suiriri. O bem-te-vi-rajado é uma espécie bastante territorialista, que canta com muita intensidade ao amanhecer e ao entardecer. Assim como o suiriri que se adapta facilmente às áreas verdes de grandes centros urbanos. Essas aves podem ser vistas na cidade de São Paulo na primavera e verão quando se reproduzem, depois se direcionam para o Norte do país, na Floresta Amazônica.

Outras aves migratórias também são conhecidas por fazerem rotas migratórias extremamente longas, como por exemplo, o falcão-peregrino. Ele é considerado uma espécie migratória, que vem da América do Norte para fugir do inverno. No Brasil, aparece entre os meses de outubro a abril e para observá-lo nas grandes cidades, é necessário um olhar mais atento para perceber sua presença.