São Paulo institui o Refúgio de Vida Silvestre Anhanguera

Decreto do prefeito Bruno Covas cria refúgio em área de mais de 7,4 milhões de m² no Parque Anhanguera para preservar a fauna silvestre e o bioma da Mata Atlântica.

Uma trilha de carro, na cor marrom, de terra, cercada por muitas árvores

Com o Decreto 59.497, de 8 de junho de 2020, a Prefeitura de São Paulo acaba de criar mais uma Unidade de Conservação (UC) na cidade. Trata-se do Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Anhanguera, com área total de 7.413.775,63 m². Será gerido pela Divisão de Gestão de Unidades de Conservação (DGUC) da Coordenadoria de Gestão de Parques e Biodiversidade (DGPABI), pertencente à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA).

O objetivo de sua implantação é a preservação e enriquecimento dos seus recursos hídricos, flora e fauna; a manutenção e proteção da fauna local e de espécies migratórias, raras, vulneráveis, endêmicas e ameaçadas de extinção; o conhecimento e a proteção de sua biodiversidade, a possibilidade de agregar áreas particulares contíguas de igual importância.

O RVS Anhanguera será uma Unidade de Conservação de Proteção Integral (quando só é aberto para pesquisas), segundo os critérios definidos pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Com isso, essa nova UC auxiliará na preservação das espécies, no conhecimento e proteção de sua biodiversidade e em estudos e pesquisas. O Decreto prevê que esta UC poderá agregar áreas particulares vizinhas que possuam igual importância, garantindo assim seu uso sustentável.

O Parque Municipal Anhanguera (maior parque municipal da cidade) está situado na zona noroeste do município de SP, em área classificada como pertencente ao Bioma Mata Atlântica. Por sua riqueza biológica e dos níveis de ameaça, esse bioma foi indicado, por especialistas como uma das prioridade para a conservação de biodiversidade em todo o mundo.

O RVS também atende ao beneficiamento do sistema de áreas verdes do Município, pois poderá estar conectado a outras Unidades de Conservação da Zona Norte da Cidade de São Paulo e do interior do Estado. Com isso, criam-se corredores ecológicos, como previstos no Plano Municipal da Mata Atlântica (PMMA), concluído em 2018. A nova UC também é um avanço quanto aos chamados “planos verdes municipais”, que objetivam proteger a cobertura vegetal existente.

O RVS chega em boa hora: a cidade elabora seu Plano de Ação Climática (PlanClima-SP), que discute como a cidade deve lidar com as questões climáticas e o enfrentamento de suas consequências. Com certeza, a preservação do Bioma da Mata Atlântica é imprescindível para que se obtenha melhor qualidade de vida na metrópole, tendo em vista que não apenas as espécies silvestres, mas também o homem serão beneficiados por mais áreas verdes.

Vista aérea da vegetação, na cor verde, do Parque Anhanguera