Influência da quarentena nos abalos sísmicos

Com quarentena, nível de ruídos diminuiu, ou seja, a terra tem tremido menos

O Planeta Terra redondo e grande; ao fundo o céu azul escrito Influência da quarentena nos abalos sísmicos

O período de quarentena, em que todas as pessoas no mundo estão passando, devido ao Coronavírus, faz com que muitas informações cheguem com os problemas relacionados a saúde, economia e desemprego. É tudo muito assustador.

 

Ruth Weg, graduada em ciências biológicas, vê uma relação da influência da quarentena nos abalos sísmicos da terra. “Existem os ruídos sísmicos, que ocorrem o tempo todo. São oscilações e vibrações do chão, por influência de vários fatores, como as ondas dos oceanos, ventos e tempestades. As atividades humanas sobre a Terra contribuem e muito para a ocorrência destes ruídos, como o fluxo de pessoas e dos meios de transporte”, explica ela, que esses ruídos são medidos por um instrumento denominado sismógrafo.

“Com a quarentena, o nível de ruídos diminuiu, ou seja, a terra tem tremido menos, com menor número de pessoas e dos meios de transporte em movimento”, falou.

O primeiro cientista a observar o fenômeno foi Thomas Lecocq, da Bélgica. E há confirmação, também, por parte de cientistas de outros países. Com a diminuição dos ruídos é possível detectar, por exemplo, pequenos terremotos, que não eram identificados antes da pandemia. Desta forma, há esperança que, no futuro, o monitoramento de vulcões e terremotos de maior magnitude possa vir a ser intensificado.

 

“O que mais impressiona é a capacidade que as atividades humanas têm de influenciar os tremores terrestres! Este fenômeno só pôde ser observado porque a maioria das pessoas age em conjunto”, comentou a mestrado em biofísica .

 

Ruth Weg  acredita que as pessoas podem aprender com essa pandemia.  “Imaginemos que as atividades humanas, ao mesmo tempo, em todo o mundo, fossem direcionadas à preservação do Meio Ambiente. Com isso, conseguiríamos, por exemplo, diminuir a produção de resíduos sólidos, acabar com o desmatamento, o abandono e os maus-tratos as crianças, jovens, idosos, e animais, com o gasto excessivo de água... infelizmente, a lista é bem grande”, lamenta. “Mas esta descoberta é a prova que a mudança é possível”, finaliza.

 

*Colaboração: Umapaz