Encontro debate futuro da tecnologia automotiva

 
Os veículos movidos a diesel, como ônibus e caminhões, são responsáveis por cerca da metade das emissões de poluentes tóxicos na atmosfera. Este foi o assunto debatido durante a 2ª Reunião do Comitê Gestor do Programa de Acompanhamento da Substituição de Frota por Alternativas Mais Limpas (COMFROTA) realizada na última quarta (12).

As atividades do dia incluíram debates sobre as novas tendências e rumos tecnológicos da frota de ônibus no Brasil e no mundo, além de questões como mobilidade urbana e poluição. O diretor da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), Adalberto Maluf, iniciou as discussões do dia com a palestra Tecnologias de Ônibus disponíveis sob a perspectiva da ABVE.

Segundo Adalberto, apesar de haver projetos e mudanças em curso, a questão fiscal e tributária continua sendo uma das barreiras que impedem uma implementação mais eficiente de frotas de veículos elétricos no país. De acordo com ele, a poluição é um dos grandes vilões do aquecimento global e da saúde pública. “Ao morar em São Paulo, você perde três anos e meio de expectativa de vida em função do aumento da emissão de materiais particulados (MP)”, explica Maluf.

Ele ressaltou também a necessidade da indústria nacional em adotar um olhar mais estratégico de eletrificação automotiva caso queira acompanhar e integrar às diretrizes da indústria global. Outra participação do evento foi de Marco Antonio Saltini, da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), que apresentou propostas para utilização de tecnologias mais limpas para veículos comerciais pesados, como ônibus e caminhões.

O objetivo do programa é fomentar novas tecnologias que envolvem o uso de todos os tipos de combustíveis alternativos: biodiesel, biogás, diesel de cana, etanol, diesel, eletricidade e gás. Saltini finalizou sua explanação, ressaltando a importância do governo em viabilizar o desenvolvimento local, promovendo políticas públicas não só para montadoras, mas para toda a cadeia. “O nosso objetivo é conseguir adequar os custos das novas tecnologias e aplicar para que consigamos diminuir os impactos das mudanças climáticas e melhorar a qualidade de vida da população'', afirmou Marco Antonio.

Papel do Comitê Gestor

Previsto na Constituição, o Comitê Gestor do Programa de Acompanhamento de Substituição de Frota por Alternativas Mais Limpas tem por objetivo avaliar de forma objetiva e transparente, a cada 5 anos, o cumprimento das metas de redução de emissões de poluentes pelos ônibus da cidade de São Paulo.