O acolhimento dos animais selvagens em situação de risco é uma das funções da Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre (DEPAVE 3) da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA). Elaborado por este departamento, o projeto Triagem Avançada: gestão eficiente e uso racional de recursos voltados ao manejo da fauna silvestre recebeu menção honrosa no Premia Sampa, iniciativa da Prefeitura de São Paulo por meio das Secretarias Municipais de Gestão (SMG) e de Inovação e Tecnologia (SMIT). O evento aconteceu na manhã desta quarta (12), no Theatro Municipal.

A triagem avançada é o método adotado nas unidades de atendimento da Divisão de Fauna, localizadas nos Parques Anhanguera e Ibirapuera. Nestes Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), esta forma de recepção é feita por meio de diferentes canais de comunicação. Seja por telefone, e-mail, ou presencialmente, o munícipe tem contato direto com os biólogos e médicos veterinários da SVMA, o que permite maior agilidade nas situações de emergência. Estes locais não possuem acervo fixo, ou seja, recebem e tratam os animais para realizar a soltura das espécies em seu habitat natural.

Benefícios

Tanto no Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS), quanto na unidade do Viveiro Manequinho Lopes, os técnicos são responsáveis por receber as solicitações de resgate, identificar as espécies e atender os animais quando preciso. Assim, ocorre a destinação correta às unidades municipais, ou a serviços como o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), hospitais veterinários e outros CETAS, dependendo sempre do habitat. Além da melhoria e do aumento de casos atendidos com foco na fauna silvestre da cidade de São Paulo, o encaminhamento para serviços estaduais e federais permite a devolução para a natureza no bioma adequado.

Anualmente, são recebidos mais de 5 mil animais. Há benefícios deste método também para a gestão dos recursos orçamentários. Para implementar este sistema, não houve injeção de verba: foi realizada somente reestruturação interna e redistribuição de funcionários e equipamentos. Além disso, a triagem evita deslocamentos de equipes e viaturas, cuja logística é planejada pelos técnicos das unidades. A participação social é fundamental também neste processo, pois, além da transparência do trabalho realizado, os munícipes são os principais responsáveis pela notificação de ocorrências e envio de informações.